O clima de alerta persiste no Rio Grande do Sul há mais de 10 dias do início dos temporais que destruíram cidades, mataram pessoas e expulsaram milhares de casa. Após atingir a Região da Serra, passar pelos Vales e inundar a Região Metropolitana, agora, enchentes chegam ao Sul do RS.
As cidades de São José do Norte, São Lourenço do Sul, Pelotas e Rio Grande estão em estado de alerta máximo desde quarta-feira (8), quando, de acordo com o serviço de meteorologia local, houve uma mudança na direção dos ventos. E essa mudança favorece a entrada de água da Lagoa dos Patos nas cidades (veja o vídeo acima).
O lago está quase 1 metro acima do nível normal durante a manhã desta quinta-feira (9), segundo as prefeituras de Rio Grande e Pelotas. Em Pelotas, cerca de 100 mil pessoas moram em zonas de risco para alagamentos e estão recebendo ajuda do Exército para sair de casa.
Já em Rio Grande, 1,5 mil já saíram de casa. Três abrigos foram disponibilizados pelo poder público e outros seis estão em preparação. O canal São Gonçalo, que banha a cidade, também subiu e , para evitar que a água avance sobre as casas, diques de contenção estão sendo construídos.
Em São José do Norte, a prefeitura recomendou que quem vive à beira da Lagoa dos Patos, que é a maior parte da população, saia de casa por conta do risco de alagamento.
Temporais no RS
O mais recente boletim da Defesa Civil do Rio Grande do Sul traz que subiu para 107 o número de mortos em razão dos temporais que atingem o estado. A atualização desta quinta aponta que há um óbito sendo investigado. O estado registra 136 desaparecidos e 374 feridos.
Há 232,1 mil pessoas fora de casa. Desse total, são 67.542 em abrigos e 164.583 desalojados (pessoas que estão nas casas de familiares ou amigos).
O RS tem 425 dos seus 497 municípios com algum relato de problema relacionado ao temporal, com 1,476 milhão de pessoas afetadas. Veja abaixo os impactos nos serviços, educação e transportes.