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PT quer ministro do TCU fora de processos com Petrobras

Publicada em 18 de Junho de 2014 �s 15h40


O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), defendeu nesta quarta-feira (18), no início da sessão da CPI da Petrobras da Casa, o afastamento do ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) José Jorge de todos os processos que envolvem a Petrobras no âmbito da Corte. Reportagem do jornal O Estado de S.Paulo publicada hoje revela que parlamentares da base aliada decidiram investigar José Jorge nas duas CPIs. Ele foi ministro de Minas e Energia do governo Fernando Henrique Cardoso e é réu em uma ação proposta em 2001 que aponta um prejuízo de US$ 2,3 bilhões numa operação de troca ativos entre a estatal e a companhia ibero-argentina Repsol-YPF. José Jorge é relator do processo no TCU que diz respeito à compra da refinaria de Pasadena, que trouxe a presidente Dilma Rousseff para o centro da polêmica que envolve a Petrobras. O senador Humberto Costa afirmou estar "constrangendo este cidadão porque, na verdade, ele deveria se declarar suspeito de todos os processos da Petrobras". A declaração foi dada antes do início do depoimento do gerente de Engenharia de Custos da estatal, Alexandre Rabello. Na sua fala, o líder do PT citou o fato, de que José Jorge é réu na Justiça no caso da troca de ativos. No dia 27 de maio, a comissão aprovou requerimento para ter acesso à ação popular, que tramita no STJ (Superior Tribunal de Justiça), referente à operação. O processo já chegou à CPI e, no caso, José Jorge, outras 18 pessoas e quatro empresas, como a Petrobras e a Repsol, são acusados de terem causado prejuízos. Contudo, na primeira instância, todos eles foram absolvidos e o caso está em grau de recurso no STJ. Além de Humberto Costa, o relator da CPI, José Pimentel (PT-CE), e a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) cobraram o comparecimento de José Jorge à comissão do Senado para falar sobre Pasadena. Nos bastidores, a intenção era aproveitar a vinda dele para questioná-lo também sobre a troca de ativos. O ministro do TCU declinou o convite aprovado pela comissão. Pimentel disse que, "se existe, na minha leitura, alguma falta de vontade de apuração de fatos concretos e objetivos está na posição do ministro do TCU". Ele lembrou que foi a primeira vez que um integrante da Corte deixou de atender a um pedido do Congresso. O relator da CPI criticou o fato de "setores da imprensa", em vez de cobrarem o comparecimento de José Jorge, entraram uma "outra linha". Vanessa Grazziotin sugeriu ao presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), que falasse com José Jorge participasse de uma sessão secreta na comissão. O presidente da CPI disse que vai acatar a sugestão da colega da comissão.

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Fonte: Vooz �|� Publicado por:
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