O PSOL oficializou a candidatura da ex-deputada Luciana Genro (RS) à Presidência da República durante convenção do partido em Brasília
Imagem: O GloboO PSOL oficializou a candidatura da ex-deputada Luciana Genro (RS) à Presidência da República durante convenção do partido em Brasília
O PSOL lançou neste domingo a candidatura da ex-deputada federal Luciana Genro à Presidência propondo uma auditoria na dívida externa do país, a discussão sobre a descriminalização da maconha e uma reforma tributária para aumentar a taxação para os mais ricos.
Luciana assumiu a candidatura depois que o senador Randolfe Rodrigues (AP) desistiu da indicação. Ele havia sugerido que o deputado estadual Marcelo Freixo (RJ) o substituísse, mas este declinou do apoio e indicou Luciana como representante do partido na disputa. O nome dela foi aprovado por unanimidade dos presentes. No entanto, não compareceram à convenção nacional o próprio Randolfe e os deputados Ivan Valente (SP) e Jean Wyllys (RJ). Para Luciana, a ausência desses nomes não significa um racha na sigla.
- Temos divergências e embates, mas conseguimos uma vitória por unanimidade na escolha da chapa e do programa de governo. Estaremos unidos na campanha - afirmou.
Em seu discurso para os membros do PSOL que estiveram na convenção, em Brasília, Luciana disse que o partido quer ser a expressão dos protestos que ocorreram no país no ano passado. Militantes gritavam: "a voz de junho está presente, Luciana Genro presidente". Depois, em entrevista, ela amenizou a declaração, ao declarar que a legenda quer dar voz aos manifestantes.
- Seria muita pretensão dizer que seríamos a voz das manifestações, mas queremos dar vossas às pretensões.
Ela criticou os candidatos Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), dizendo que os três representam projetos burgueses.
- O PSDB é um retrocesso ao neoliberalismo, o PT é o continuísmo do que está aí e o Eduardo Campos não sabe se quer retroceder; ele não é a terceira via -, atacou.
Para ela, os três oponentes irão fazer ajustes que acabarão prejudicando a maioria dos trabalhadores.
- Eles divergem na forma, mas têm unidade de pensamento de que é necessário descontar a conta nas cotas do povo.