O PSDB ingressou nesta terça-feira (4) com representação na Corregedoria da Câmara dos Deputados pedindo que se investigue se o vice-presidente da Casa, André Vargas (PT-PR), quebrou o decoro parlamentar.
Na sessão de segunda-feira da abertura dos trabalhos no Congresso, Vargas sentou-se ao lado do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, e repetiu por diversas vezes o gesto de erguer o punho feito pelos condenados no mensalão.
Barbosa foi o relator do caso e determinou as prisões do ex-presidente do PT José Genoino, do ex-ministro José Dirceu e do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP).
Numa troca de mensagens pelo celular, Vargas sugeriu ainda que gostaria de dar uma cotovelada no ministro.
O PSDB alega que Vargas feriu o Código de Ética da Câmara que determina "tratar com respeito e independência" os colegas, as autoridades e os servidores da Casa.
A representação será analisada inicialmente pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB), que pode rejeitá-la. Alves defendeu Vargas: "Você pode discutir se foi gentileza ou não, se foi cordialidade ou não. Não tem essa dimensão de quebra de decoro".
Vargas divulgou nota afirmando que não desrespeitou Barbosa e o cumprimentou com um aperto de mão. Ele explicou que o gesto era uma saudação direcionada aos companheiros que estavam no plenário.