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Promotor diz que vai avaliar pedido de exuma��o de Marcos Matsunaga.

Publicada em 11 de Dezembro de 2012 �s 19h37

�A defesa de Elize Matsunaga pediu, nesta ter�a-feira (11), a exuma��o do corpo do empres�rio Marcos Matsunaga, assassinado em maio deste ano. O promotor Jos� Carlos Cosenzo disse que vai se posicionar sobre o pedido antes da decis�o do juiz. “Ainda n�o decidi se concordo ou n�o com esse pedido de exuma��o. Mas, terei que avaliar e me posicionar para que depois n�o aleguem que o Minist�rio P�blico est� cerceando a defesa”, diz o promotor Jos� Carlos Cosenzo.
Segundo a assessoria do Tribunal de Justi�a, o juiz Adilson Paukoski Simoni, do 5� Tribunal do J�ri de S�o Paulo, s� vai dizer se aceita o pedido dos advogados de Elize ap�s receber o parecer do promotor e do assistente de acusa��o.

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De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justi�a de S�o Paulo, a defesa apresentou o pedido de exuma��o nesta ter�a durante a audi�ncia de instru��o do caso. O argumento para a solicita��o seria a confirma��o da causa da morte de Marcos.
Um laudo divulgado em junho, que fez parte do inqu�rito policial do caso, apontou que Marcos foi decapitado quando ainda estava vivo. Segundo os peritos, a morte ocorreu por choque traum�tico, causado pela bala, e asfixia respirat�ria por sangue aspirado devido � decapita��o. Na ocasi�o da divulga��o do laudo, por�m, seu resultado j� havia sido questionado pelo advogado de defesa de Elize, Luciano Santoro.
O advogado entende que Elize pode pegar uma pena de no m�ximo dez anos. A exuma��o solicitada poder� ser chave para que Elize n�o seja condenada pela qualificadora de meio cruel caso fique comprovado que Marcos morreu em raz�o do disparo na cabe�a e que j� estava morto quando foi esquartejado. A assistente da defesa, Roselli Soglio, afirmou que em casos de traumatismo craniano causado por um tiro de pistola 380 a morte acontece em poucos segundos.
Para o promotor Jos� Carlos Cosenzo, o crime foi premeditado, por motivo financeiro - Marcos era diretor da empresa de alimentos Yoki. Ele espera que ela seja condenada a 30 anos de pris�o por homic�dio triplamente qualificado – motivo torpe (vingan�a movida por dinheiro), utiliza��o de recurso que impossibilitou a defesa da v�tima e meio cruel (esquartejamento).
Depoimentos
A audi�ncia de instru��o do caso, que precede a um eventual julgamento da r� Elize, come�ou no in�cio da manh� desta ter�a e terminou por volta das 13h30, segundo o TJ-SP. A bab� da filha do casal, Mauriceia Jos� Gon�alves dos Santos, foi ouvida entre 11h10 e 13h30.

De acordo com o Tribunal, a pedido da bab�, Elize foi retirada do local da audi�ncia e encaminhada para a carceragem do F�rum durante o seu depoimento. A sa�da da r� teria ocorrido porque a bab� disse ter medo de Elize.
Segundo o promotor Jos� Carlos Consenzo, a bab� afirmou que Marcos tratava Elize como princesa.
Os depoimentos de Nath�lia Vila Real, apontada como amante de Marcos Matsunaga, e Elize Matsunaga tamb�m deveriam ter ocorrido, mas foram adiados para janeiro de 2013. Segundo o Tribunal de Justi�a, o depoimento delas deve ocorrer �s 10h do dia 30.

Segundo o advogado Roberto Parentoni, que defende Nathalia, ela n�o foi avisada da audi�ncia e por isso n�o compareceu. Como Elize precisaria ser ouvida somente ap�s todos as demais testemunhas, seu depoimento foi tamb�m adiado, apesar de ela ter comparecido ao f�rum.

O advogado de Nath�lia afirma que ela quer falar para tirar um "peso das costas", reafirmar que nunca foi prostituta e que tinha um relacionamento amoroso com o diretor da Yoki. "Minha cliente quer tirar esse peso das costas. Ela est� sendo amea�ada", disse, sem dar detalhes das amea�as.
Segundo a assessoria de imprensa do TJ-SP, somente ap�s conclu�da a fase de instru��o, o juiz dever� decidir se submeter� Elize a j�ri popular pelo crime de homic�dio e oculta��o de cad�ver. Caso seja pronunciada pelo juiz ela ser� submetida a j�ri popular. Sete jurados a julgar�o em uma data ainda a ser marcada pelo magistrado.
O crime
Al�m de usar uma pistola para dar um tiro na cabe�a de Marcos, a mulher tamb�m usou uma faca para esquartej�-lo, colocar as partes do corpo em sacos pl�sticos dentro de malas, e jog�-las na Grande S�o Paulo. Os peda�os foram encontrados no dia 27 de maio.
A vi�va, que inicialmente negava a autoria do crime, confessou o assassinato e est� presa desde 5 de junho. Segundo declarou � Pol�cia Civil, ela matou o marido ap�s uma discuss�o sobre a descoberta da infidelidade de Marcos, na qual respondeu a uma injusta provoca��o do empres�rio, que a teria agredido com um tapa na cara.
O advogado de Elize, Luciano Santoro, disse ao chegar ao F�rum da Barra Funda nesta ter�a-feira que ela quer ser interrogada para contar ao juiz como tudo ocorreu. Ele reafirmou que se trata de um crime passional, sob forte emo��o, ap�s ela ter sido agredida por Matsunaga. Para a defesa, ela deve responder por homic�dio simples e oculta��o de cad�ver. Santoro afirma que sua cliente vinha sendo humilhada h� meses e queria se separar do marido.
Grava��o
Outra prova que a defesa pretende usar para corroborar a tese de que a bacharel vinha sendo amea�ada � uma grava��o feita pela Pol�cia Militar. Vinte e cinco dias antes do crime, Elize havia telefonado para o servi�o de emerg�ncia 190 da PM para den�ncia Marcos por amea�a.
Durante um crise conjugal, Matsunaga tentou reconquistar Elize. O G1 teve acesso ao depoimento de testemunhas e � troca de e-mails entre o casal Matsunaga. As mensagens que constam no processo foram trocadas durante o per�odo em que o empres�rio e a bacharel em direito estiveram separados provisoriamente.

Bastidores da crise conjugal
No per�odo de aproximadamente um m�s antes do crime, Elize e Marcos viviam uma crise por suspeita de trai��o. Ap�s ligar para pol�cia e relatar ter sido amea�ada, Elize deixou o apartamento do casal e se refugiou em um hotel em S�o Paulo com a filha e a bab� Mauriceia; depois seguiu com elas para a Bahia e Paran�.
Enquanto esteve longe de Marcos, Elize pensava no div�rcio, ao ponto de consultar uma advogada que a orientou a contratar um detetive para flagrar a trai��o do marido. Mas ap�s receber a tradu��o de ‘Because You Loved Me’ (Porque Voc� Me Amou), interpretada pela cantora canadense Celine Dion, e o buqu� de flores com o pedido de reconcilia��o, desistiu de seguir com o rompimento.
Mesmo assim, ela manteve os servi�os do detetive que gravou o diretor da Yoki com sua amante, a garota de programa Nathalia. Quando conheceu Marcos, Elize tamb�m havia trabalhado como prostituta.

Tags: Promotor diz que vai - A defesa de Elize

Fonte: globo �|� Publicado por: Da Reda��o

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