Publicada em 03 de Junho de 2013 �s 11h33
Estudantes do Projeto Produtores do Futuro produziram, durante toda a semana passada, doces de macaxeira e pizzas de batata doce com produto plantado e colhido por eles. O trabalho foi exposto para consumo e venda no sábado (1º), e no domingo (2), durante o Festival de Inverno de Pedro II, na Praça Bonelle, em frente à Igreja de Nossa Senhora da Conceição. Cerca de 10 estudantes da Escola Família Agrícola Santa Ângela estão envolvidos no projeto. A renda do que for vendido é revertida para os alunos.
O Projeto Produtores do Futuro promove a capacitação e o treinamento dos jovens rurais por meio de cursos profissionalizantes, palestras educativas e informativas, dias de campo, oportunizando a qualificação e a preparação para atuar no mundo do trabalho. O objetivo do projeto é implantar Unidades de Transferência de Tecnologia (UTTs), nas Escolas Agrotécnicas e Família Agrícola, proporcionando alternativas para inserção dos alunos no mundo do trabalho e geração de oportunidades de melhoria de qualidade de vida.
"O trabalho tem a finalidade de fomentar, por intermédio de parcerias, a organização e a capacitação dos jovens matriculados em Escolas Agrotécnicas Estaduais e Escolas Famílias Agrícolas do Piauí, como também jovens do entorno", disse a técnica da Seduc, Hérida Fernandes, que acompanha o grupo.
"Nós somos produtores do futuro, queremos disseminar e multiplicar os produtos em nossas comunidades, eles são resistentes a pragas, ricos em vitaminas, e melhor para o consumo. Assim vamos ter um produto que beneficia a todos. É muito rico para nós e os demais cursos", afirma Drieli Vanessa da Silva, aluna do curso de agropecuária.
Os cursos oferecidos são de acordo com as demandas, as características do mercado local e regional e, principalmente, com os anseios dos jovens, respeitando sua cultura e sua tradição, visando contribuir no fortalecimento e estruturação dos sistemas produtivos existentes na região.
De acordo com a estudante Leonilde Maria, do curso de Agroindústria, a aceitação da comunidade é bastante positiva. "Já vendemos muito e o lucro está muito bom".
Estratégia Metodológica
Primeira Etapa - A escola recebe o material de propagação para montar a Unidade de Multiplicação (U.M.), área de 10x10 ou 10x20 metros onde serão preparados canteiros com o objetivo de multiplicar culturas biofortificadas para outras unidades.
Segunda etapa - O material multiplicado na U.M. é usado para plantio da UTT. Recomenda-se que a UTT tenha área de, no mínimo, 1.000 m². Nesta etapa, os alunos participarão desde o preparo de solo, plantio, tratos culturais. No período da colheita deve ser realizado um Dia de Campo sobre o produto. Devem estar previstos nesse dia a realização de cursos sobre processamento de produto, sobre comercialização via Conab e Alimentação Escolar de doações para instituições carentes.
Terceira Etapa - Os alunos são divididos em grupos e cada grupo será responsável por implantar Unidades de Validação (UV) nas respectivas comunidades de origem, como atividade de estágio. O estágio deve ser supervisionado por professores, técnicos da Seduc-PI, técnicos do Emater e técnicos designados pelas prefeituras ou outro profissional qualificado para acompanhar as atividades. Ao final do ciclo produtivo os alunos promoverão um Dia de Campo na comunidade, os participantes estarão conhecendo a área plantada e participarão da colheita e preparo dos KITs de material de propagação. Serão ministrados cursos de processamento do produto.
São parceiros do projeto: BNB, Embrapa, Seduc, Aefapi, SDR, Emater, Codevasf, Conab, Sebrae, CAT, MDA, Senar, BiofortI, Harvesplus.