Publicada em 09 de Novembro de 2013 �s 07h57
A formação prática do Projeto Escola Hospitalar, que vai até o dia 18 deste mês, está mudando o cotidiano de crianças internadas no Hospital Infantil Lucídio Portela, em Teresina. Mesmo com uma rotina que debilita física e mentalmente, essas crianças estão tendo a oportunidade de participar e aprender desfrutando do direito básico ao desenvolvimento pleno, independentemente de suas dificuldades. O Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Educação e Cultura (Seduc), implantará projeto ainda no segundo semestre de 2013. A formação, que ora acontece, beneficia 24 professores da rede pública que participaram de seleção. No período da manhã, os professores fazem o reconhecimento do ambiente, conhecendo as crianças que estão internadas, os problemas que enfrentam e a família destas. À tarde eles partem para as atividades práticas com as crianças, contando histórias, fazendo dramatizações e desenvolvendo jogos que envolvem as disciplinas básicas da educação. A professora Francisca Maria de Sousa, coordenadora do projeto na Seduc, revela que a Escola Hospitalar visa assegurar o atendimento escolar durante o período de hospitalização de crianças e adolescentes que estão com o acesso à escola comprometido por conta de sua internação. “Com compromisso e responsabilidade, o projeto oportuniza a continuidade dos estudos desses pacientes, reintegrando-os em sua série de origem após a alta médica. Os atendimentos psicopedagógico e escolar no hospital serão desenvolvidos em articulação com a proposta curricular da escola de origem da criança ou adolescente hospitalizado”, discorre a coordenadora. Ana Maria é mãe do pequeno Alisson Luan, de nove anos, veio de Elesbão Veloso, a 150 Km de Teresina, em busca de um tratamento adequado para seu filho, a mãe se surpreendeu com o projeto que conseguiu levantar a auto-estima da criança. “Meu filho se sentia muito triste em passar tanto tempo no hospital e quando voltávamos para nossa cidade ele tinha dificuldades em acompanhar os estudos. Com as aulas aqui dentro do hospital ele não tem mais essa dificuldade, sem falar que está reagindo muito melhor ao tratamento”, confessa Ana Maria. O secretário da Educação, Átila Lira, acredita que este projeto tem grande significado para o Piauí na articulação de políticas sociais governamentais, inovando em propostas de educação voltadas para o processo de inclusão e de construção da cidadania. “A Escola Hospitalar contribuirá para que o aluno-paciente mantenha o elo com o mundo que ficou fora do hospital, na medida em que poderá, como se não estivesse doente, adquirir conteúdos que promovam seu desenvolvimento cognitivo acelerando, também, sua recuperação”, relata o secretário. A Seduc, coordenadora do projeto, é a responsável pela concessão de professores da rede para a execução do Escola Hospitalar. A formação específica para esses professores é realizada em parceria com a Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi), que também realiza adaptação dos ambientes nos hospitais para que as aulas ocorram. A coordenadora do projeto explica ainda que é importante capacitar os educadores. "O profissional que pretende atuar na educação hospitalar necessita de uma formação diferenciada para desenvolver propostas pedagógicas flexíveis, acompanhando o desenvolvimento e a aprendizagem das crianças e adolescentes hospitalizados", conclui Francisca.