Professores e técnicos administrativos da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir desta segunda-feira (18). As categorias reclamam da falta de abertura por parte do governo do estado para debater a campanha salarial deles.
Além disso, os grevistas pedem a revogação da Lei 6.772/2016, que congela a progressão de carreira dos docentes da Uespi. De acordo com o projeto, professores que fizessem mestrado, doutorado ou qualquer qualificação na área docente não iriam receber aumento de salário. O reajuste só seria possível se algum professor, que já recebesse a progressão, saísse do quadro de funcionários da Uespi.
Nós queremos que a administração efetive as promoções e progressões que estavam previstas. Temos profissionais com portaria de mudança de nível, mas, até o momento, o Governo não se pronunciou quanto às promoções”, afirmou o diretor de assuntos sindicais da Associação dos Docentes da Uespi (ADCESP), Sergiano Araújo.
Os professores efetivos também reclamam da estrutura dos campis da Uespi e da quantidade de docentes temporários que trabalham na instituição que já somam 600 profissionais.
“A Uespi no interior do estado vive numa situação altamente precária. Falta professores e bibliotecas nos pólos”, lamentou.
Já em relação aos técnicos administrativos, a principal reivindicação da categoria é a ausência de um plano de cargos e salários que possibilitem melhores vencimentos e condições de trabalho.
Esta é a segunda vez este ano que os técnicos da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) paralisaram as atividades. Em janeiro, segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Uespi (Sintuespi), Lêda Simone, a categoria reivindicava o plano de carreiras que já tinha sido aprovado por lei e garantia um reajuste salarial para os servidores promovidos. O pagamento, segundo ela, deveria ter começado a ser feito em novembro, assim que a lista dos servidores foi divulgada no Diário Oficial, mas até a presente data a lei não vem sendo cumprida.
Em nota, a administração da Universidade Estadual do Piauí informou que até desta matéria não não foi notificada pela Associação dos Docentes da UESPI (ADCESP) e Sindicato dos Trabalhadores da UESPI sobre os encaminhamentos que motivam a greve de professores e técnicos administrativos. O texto disse ainda que houve uma reunião nesta segunda-feira (18) entre as duas categorias com professores, técnicos administrativos e alunos dos campi de Teresina, Campo Maior, Floriano, Oeiras e Picos.