Piaui em Pauta

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José Victor da Cunha Neto incentiva os alunos a sairem do cotidiano da escola e

Professor de português é modelo para o Piauí

Publicada em 18 de Outubro de 2015 �s 09h54


  												Professor José Vitor da Cunha desenvolve projeto inovador na escola						 (Foto:Divulgação)					Professor José Vitor da Cunha desenvolve projeto inovador na escola (Foto:Divulgação)

"Dar uma ajudinha com os talentos adormecidos" é a frase que resume todo o trabalho de um professor à frente da primeira Academia Juvenil de Letras no Piauí. Formado pela Universidade Estadual do Piauí e professor há 29 anos, o amarantino José Victor da Cunha Neto chegou à escola Unidade Escolar Nossa Senhora da Paz em 2009 para dar aula de Língua Portuguesa e apresentar um novo mundo aos seus alunos. Ele é um professor da rede estadual de educação que busca, por meio de práticas inovadoras, incentivar os alunos a sairem do cotidiano da escola e buscarem novas experiências e horizontes.

Amante da literatura desde a graduação, José Victor realizou uma dinâmica utilizando um jarro e pediu para os alunos descressem, através de desenho ou poesia, o que eles viam. “Muitos produziram textos que me chamaram atenção pela qualidade. Ao perceber como a produção de alguns era diferente tive a ideia de criar uma academia de letras. A intenção era criar para os alunos o gosto pela leitura e iniciar a produção e um grupo de quatro alunos apostou na ideia", explica.

Foi a partir desta dinâmica que surgiu o projeto da Academia de Letras Juvenil Nossa Senhora da Paz no ambiente escolar com a iniciativa de promover aos alunos e divulgar a cultura piauiense e geral, em especial, a leitura e escrita.

O início da Alejunsp

Decidido a criar a primeira academia de letras juvenil e com o apoio dos alunos, José Victor resolveu conhecer a fundo o funcionamento de uma Academia de Letras, indo visitar a estrutura da Academia Piauiense de Letras (APL). E logo na entrada do prédio encontrou o professor Herculano de Moraes, que o ajudou a estruturar a academia por meio de um estatuto.

Com a criação do estatuto, que estabelecia o número de vinte e cinco membros imortais, o professor realizou um teste seletivo que mobilizou a escola.

Os alunos apoiaram o projeto e se mostraram muito empolgados por estarem participando de algo inovador. José Victor apresentou o projeto à direção da escola e Secretaria de Estado de Educação que aprovaram a propostao e disponibilizaram recursos para a estruturação física e todo o material necessário. O sonho do professor começava a tornar-se realidade.

O professor relata que na Alejunsp os alunos são incentivados a conhecerem a cultura local, realizam sarau literário, ação que engloba várias atividades artísticas.

Publicações de livros.

A primeira atividade da Alejunsp foi planejar a publicação dos livros dos alunos para a comunidade, como forma de prestigiar os membros mostrando o que estava sendo produzido e a qualidade dos mesmos.

Com contos, crônicas e poesias, o professor iniciou o processo de impressão de todo o material produzido pelos alunos. Até o momento a Alejunsp tem cerca de sete publicações. O professor conta que um dos desafios na produção dos alunos é fazer com que eles percam a timidez.

Para não desanimar diante da dificuldade de patrocínio para a impressão dos livros, José Victor resolveu criar sua própria máquina e tornar possível o sonho dos alunos. O equipamento de impressão utiliza bases de madeira, parafusos e linhas para costurar as folhas de papel para dar forma ao livro e posteriormente levá-lo a prensa. Todas as edições produzidas pelos alunos são digitadas, revisadas e prensadas pelo professor.

O primeiro livro lançado foi uma antologia poética. A ideia do professor é produzir vários exemplares e colocar na biblioteca da escola como forma de incentivo à produção literária.

A aluna do terceiro ano, Viviane Gomes, que  recentemente representou o Estado no programa Parlamento Jovem, fala que o professor abriu várias possibilidades aos alunos com o projeto. “O professor é um grande motivador dos alunos na escrita, descobrindo o talento de cada um, pois não é em todo lugar que o aluno tem a oportunidade de lançar um livro de sua autoria. Fiquei contente por haver um espaço na escola onde eu pudesse me expressar por meio de palavras”, destaca a aluna.

José Victor relata que mesmo diante das dificuldades, a produção dos alunos não para e novos livros serão lançados. Os membros da academia estão planejando o sarau de fim de ano junto do lançamento de um livro com a produção dos alunos.  



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Fonte: Governo do Estado �|� Publicado por:
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