Atividade de veículos automotores, reboques e carrocerias recuou 20,1%
A produção industrial brasileira caiu 0,6% em maio em relação a abril, e recuou 3,2% na comparação com o mesmo mês do ano passado, reportou nesta quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em ambas as relações, este é o terceiro resultado negativo consecutivo. Pesquisa da Reuters com 24 analistas mostrou expectativa de queda de 0,55% em maio na comparação com o mês anterior e de recuo de 3,2% na comparação anual.
Imagem: Rodolfo Buhrer/ReutersClique para ampliarAtividade de veículos automotores, reboques e carrocerias recuou 20,1% Em abril, a atividade do setor também caiu em ambas as comparações, 0,5% ante março e 5,8% em relação a abril do ano passado. Com os novos dados, no ano o indicador acumula queda de 1,6% nos primeiros cinco meses do ano, mas, nos últimos doze meses até maio, a produção industrial ainda sobe, ainda que timidamente (0,2%).
Na comparação anual, a produção de três das quatro grandes categorias econômicas e dezoito dos 26 ramos caíram. Só o segmento de veículos automotores, reboques e carrocerias recuou 20,1%, pressionado pela menor fabricação de automóveis, de caminhão-trator para reboques e semirreboques, de caminhões, de autopeças e de veículos para transporte de mercadorias. A atividade metalúrgica também caiu 10,5%, produção de metais 9,5% e de outros produtos químicos 5,7%.
No campo positivo, aumentou em 7,6% a produção das indústrias extrativas, em 2,1% a dos produtos alimentícios, 7,8% a de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos e 8,1% a dos produtos farmoquímicos e farmacêuticos.
Cenário – A indústria brasileira vem passando por momentos difíceis, com altos e baixos, sem demonstrar recuperação mais consistente e refletindo na confiança. Segundo pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV), o Índice de Confiança da Indústria recuou 3,9% em junho sobre maio, passando de 90,7 para 87,2 pontos.
Na pesquisa semanal Focus, do Banco Central, a expectativa de economistas é que a indústria recue 0,14% em 2014. Para 2015, a estimativa ainda é de expansão, de 2,2%.