Uma abordagem de rotina da Policia Rodoviária Federal (PRF) de Caxias do Sul, na Serra do Rio Grande do Sul, resultou na prisão de uma mulher que estava na lista dos 10 brasileiros mais procurados pela Interpol. A suspeita de tráfico de drogas Sônia Regina Gomes foi detida no final da tarde desta terça-feira (15) na BR-116 próximo à antiga praça de pedágio em São Marcos.
A mulher tem 36 anos e é natural de Jacinto Machado, em Santa Catarina. Ela tem mandados de prisão por tráfico no Rio Grande do Sul e no Paraná.
Ao pedirem os documentos de identificação da mulher, os policiais perceberam que eram falsos. De acordo com a delegada Marines Trevisan, a mulher confessou que havia comprado as carteiras de identidade e habilitação na cidade de Dois Irmãos, no Vale do Sinos. O carro em que ela estava foi recolhido por estar com licenciamento vencido.
"Ela foi presa por ter documento falso e havia três mandados contra ela, um da 1ª Vara de Caxias do Sul e dois de Foz do Iguaçu", disse Marines ao G1.
A mulher foi encaminhada para a delegacia de polícia e, no inicio da noite, levada à Penitenciária Industrial de Caxias do Sul. A policia só soube que a suspeita estava na lista da Interpol após a prisão. "O pessoal da PRF me ligou e avisou", afirmou.
O advogado que atendeu a suspeita durante o flagrante, Luís Fernando Possamai, disse ainda não ter verificado se a cliente integra a lista da Interpol. "Se ela é uma das 10 mais (procuradas) ou não, até pela Interpol, não nos preocupa. Temos que trabalhar na defesa dela independente disso", afirmou o advogado ao G1.
Segundo Possamai, Sônia confirmou a falsificação de documentos, mas não se manifestou a respeito da suspeita de tráfico. Ele afirmou que pretende trabalhar na defesa da cliente tanto pelo flagrante quanto pelas demais acusações.
"Em princípio, fiquei de verificar toda a situação e trabalhar em todos os mandados, enfim, todos os processos em que ela tiver interesse que eu atue. Ontem nos preocupamos mais com o flagrante por falsificação. A partir de hoje vou verificar e trabalhar em cima dos demais processos", disse.
Segundo a delegada, a suspeita disse ter um advogado que a acompanha, porém não conseguiu localizá-lo. Possamai estava na delegacia e foi chamado pela delegada para atuar no flagrante. "Ela só sabia o primeiro nome do advogado dela, e não tinha número de telefone", disse Marines.
Possamai não descarta atuar junto a outros advogados no caso. Ele ainda não formulou a defesa de Sônia. "Este flagrante vai para o Fórum, e a partir disso que começamos a atuar no processo criminal propriamente dito, onde teremos acesso a todo o procedimento feito pelos policiais, e teremos maiores detalhes a repeito da acusação e como foram os fatos propriamente ditos, até porque foram poucas afirmações que temos", declarou.