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Processo de extradição de Edua

Processo de extradição de Eduardo Fauzi, preso na Rússia, já foi iniciado.

Publicada em 05 de Setembro de 2020 �s 14h05


Apontado pela polícia como um dos autores do ataque à sede da produtora de vídeos Porta dos Fundos, no Humaitá, na Zona Sul do Rio, em dezembro do ano passado, o empresário Eduardo Fauzi Richard Cerquise, de 41 anos, foi preso na manhã de ontem, na Rússia, por agentes da Interpol. O nome do empresário estava na Difusão Vermelha da instituição desde janeiro. Segundo a Polícia Federal, ele foi preso no Aeroporto Internacional de Koltsovo, em Ekaterinburg, região da Sverdlovsk. O Itamaraty já iniciou os trâmites do pedido de extradição.

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A defesa do empresário diz, no entanto, que Fauzi não foi preso, conforme informado pela Polícia Civil do Rio. “Ressaltamos que não trata-se de prisão e sim de uma apreensão realizada pela autoridades russa, visando a averiguação da situação dele. Não há confirmação sobre o procedimento de extradição pela autoridades brasileira”, afirmou por meio de nota.


Ainda de acordo com a defesa de Fauzi, há no Superior Tribunal de Justiça (STJ) um pedido habeas corpus, que aguarda julgamento, e que a decretação da prisão não se sustenta “por total ausência de provas sobre a justa causa penal”.

Com 20 anotações anteriores em sua ficha criminal, Fauzi foi reconhecido por investigadores em vídeos de uma câmera de segurança durante o ataque na madrugada do dia 24 de dezembro. Ele aparece em Botafogo, bairro vizinho ao Humaitá, enquanto desembarca e retira uma fita que protegia a placa do carro utilizado no atentado. A polícia acredita que ele dirigia o veículo utilizado na ação envolvendo pelo menos outras quatro pessoas, que jogaram bombas de coquetel molotov na entrada da produtora.

Pedido de asilo

Em entrevista dias após embarcar para a Rússia, Fauzi assumiu a autoria do crime e disse que iria pedir asilo no país. Ele também declarou que soube com antecedência sobre a expedição de um mandado de prisão contra ele.

— Achavam que fui muito estúpido para não cobrir o rosto e não alterar a voz, mas fui conectado o suficiente para ser avisado do mandado a tempo de viajar para fora do país — justificou Fauzi à época ao site do Projeto Colabora.

Questionado sobre os objetivos do ataque à época, Fauzi, que é filiado ao PSL, disse que agiu apenas por motivação política. Na entrevista e em um vídeo divulgado na semana em que chegou à Rússia, ele demonstrou insatisfação com o especial de Natal do Porta dos Fundos — A primeira tentação de Cristo —, na qual Jesus Cristo foi retratado como homossexual.

O empresário tem mulher e filho em Moscou e viajou para a capital russa três vezes ao longo do ano passado. O tratado bilateral de extradição Brasil-Rússia exige a decretação da prisão ou uma condenação de pena privativa de liberdade pela Justiça. O empresário tem um pedido de prisão feito pela Polícia Civil do Rio no dia 30 de dezembro.

Policiais da delegacia de Botafogo conseguiram identificar Fauzi como um dos autores do ataque à produtora Porta dos Fundos por ter sido flagrado por câmeras de segurança depois de descer do veículo usado na fuga, momentos após a ação.

Para identificar o suspeito, os policiais analisaram gravações de mais de 50 câmeras de segurança. O delegado Marco Aurélio Ribeiro, na época titular da 10ª DP, informou durante as investigações que seis dias depois do crime a polícia conseguiu na Justiça um pedido de prisão e de busca e apreensão em endereços ligados a Fauzi. Foram apreendidos R$ 119 mil em dinheiro, uma arma falsa, um computador e uma camiseta de um grupo de militância política.
Tags: Processo de extradiç - Processo de extradiç

Fonte: globo �|� Publicado por: Da Redação
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