Pr�-russos admitem que podem estar com caixas-pretas do avi�o malaio

Publicada em 20 de Julho de 2014 �s 19h00

Foto capturada de um vídeo produzido pela agência Reuters mostra o momento em que membros da equipe de resgate e investigação da queda do voo MH17 mostram o que parece ser u Imagem: ReutersFoto capturada de um v�deo produzido pela ag�ncia Reuters mostra o momento em que membros da equipe de resgate e investiga��o da queda do voo MH17 mostram o que parece ser uma das� Os separatistas pr�-russos reconheceram neste domingo (20) que est�o com v�rios objetos que podem ser as caixas-pretas do avi�o da Malaysia Airlines. "No lugar da cat�strofe foram localizadas partes do avi�o parecidas com caixas-pretas. Foram encontradas em Donetsk [no leste da Ucr�nia] e ser�o entregues a analistas internacionais caso venham a n�s", disse o primeiro-ministro da autoproclamada Rep�blica Popular de Donetsk, Aleksandr Borodai. Os rebeldes tamb�m reconheceram hoje j� ter transferido para Donetsk dezenas de corpos das v�timas do avi�o malaio derrubado na quinta-feira (17) na regi�o por um m�ssil. Eram 298 pessoas a bordo, todas morreram. Um dos l�deres dos rebeldes, Sergei Kavtaradze, explicou que os milicianos n�o tiveram outra solu��o a n�o ser levar os corpos das v�timas que acabaram espalhados em ruas residenciais e casas. "Recolhemos os corpos espalhados nas ruas da cidade, nos p�tios das casas e inclusive em uma casa, onde acabaram por atravessar os telhados. Deix�-los ali era imposs�vel do ponto de vista sanit�rio. Os corpos foram levados a Donetsk, onde permanecer�o at� que cheguem os especialistas", disse Kvartadze. O governo da Ucr�nia acusou neste s�bado (19) os rebeldes pr�-R�ssia, que controlam a regi�o onde o voo MH17 da Malaysia Airlines foi derrubado, de tentar destruir as evid�ncias de "crimes internacionais" e remover 38 corpos do local do incidente. "Milicianos armados afastaram as equipes de resgate e os deixaram sem meios de comunica��o. Levaram os corpos em um caminh�o", disse uma fonte do governo da regi�o onde aconteceu o acidente. Kiev alegou que separatistas estariam tentando transportar os destro�os do avi�o para a R�ssia e disse que a comunidade internacional deveria pressionar Moscou pela retirada dos rebeldes e para que especialistas ucranianos e internacionais realizem suas investiga��es. "H� trabalhadores do servi�o federal de emerg�ncias no local, mas eles n�o t�m liberdade de movimento. Eles n�o s�o autorizados a deixar a zona (sob o controle dos rebeldes). Os terroristas est�o pegando todas as evid�ncias que eles coletam", contou Andriy Lysenko, porta-voz do Conselho de Defesa e Seguran�a Nacional da Ucr�nia. Corpos s�o transferidos De acordo com a Organiza��o para a Seguran�a e Coopera��o na Europa (OSCE), 169 corpos das v�timas foram transportados neste domingo em um trem frigor�fico desde o local da queda do avi�o para uma esta��o a 15 quil�metros do local do acidente e ser�o analisados por especialistas internacionais. Assim, nenhum corpo � mais vis�vel no local do incidente, segundo um jornalista da AFP. Imagem: Divulga��oDestro�os do avi�o da Malaysia Airlines que caiu supostamente atingido por um m�ssil matando todos os seus passageiros. Segundo a ag�ncia de not�cias russa Ria Novosti, citando um funcion�rio das ferrovias, os corpos foram levados para Donetsk a bordo de um comboio com cinco vag�es frigor�ficos que deixaram a esta��o de Torez, perto do local da queda. Os vag�es foram previamente inspecionados por representantes da OSCE. A expedi��o dos corpos ocorreu sob o controle dos combatentes separatistas. Do lado ucraniano, um porta-voz militar afirmou que as autoridades de Kiev sabiam onde estavam 38 corpos, mas desconhecia o paradeiro dos demais. De acordo com um jornalista da AFP no local, os rebeldes pr�-russos que guardavam a regi�o parecem ter ido embora. Respons�veis ocidentais expressaram preocupa��o com o manejo dos restos das 298 pessoas mortas, e o ministro holand�s das Rela��es Exteriores expressou sua contrariedade com o tratamento dos corpos. Ap�s passar dois dias no calor do ver�o da regi�o, neste domingo os corpos foram retirados, deixando no local apenas macas militares ensanguentadas. Familiares das v�timas, procedentes de uma dezena de pa�ses, pediram para que os restos de seus entes queridos sejam entregues. "Neste momento, a �nica coisa que espero � que o mundo possa ajudar as fam�lias a recuperar os corpos", declarou � AFP em Kuala Lumpur Zulkifli Abdul Rahman, cunhado de uma das comiss�rias de bordo da aeronave. Investiga��o Investigadores at� o momento t�m acesso limitado em meio ao conflito entre os rebeldes e o governo ucraniano. Os separatistas condicionaram o acesso de especialistas internacionais ao local da trag�dia a uma tr�gua com o governo de Kiev. O governo ucraniano, que vai liderar a investiga��o junto com uma equipe multinacional, montou um centro de gest�o da crise em Kharkiv, e os separatistas fizeram o mesmo em Mariupol, uma das cidades ao leste do pa�s que est�o sob seu dom�nio. Um grupo de analistas da OSCE conseguiu chegar ao local ap�s intensa discuss�o com milicianos pr�-russos. Segundo a EFE, ap�s aproximadamente 30 minutos de debate, os especialistas se resignaram a seguir a rota indicada pelos milicianos. Tr�s investigadores de acidentes a�reos da Holanda e o ministro dos Transportes da Mal�sia, Liow Tiong Lai, foram para a Ucr�nia para garantir o acesso dos investigadores ao lugar onde est�o os destro�os do avi�o e evitar que os destro�os e evid�ncias sejam manipulados ou adulterados. O avi�o da Malaysia Airlines fazia o voo de Amsterd� a Kuala Lumpur e caiu entre Krasni Luch, na regi�o de Luhansk, e Shakhtarsk, em Donetsk. Segundo a Malaysia Airlines comunicou neste s�bado, a bordo do voo MH17 estavam 192 holandeses (um deles tamb�m tinha nacionalidade americana), 44 malaios (inclu�dos os 15 membros da tripula��o e os dois beb�s), 27 australianos, 12 indon�sios (entre eles um beb�), dez brit�nicos (um deles com dupla nacionalidade sul-africana), quatro alem�es, quatro belgas, tr�s filipinos, um canadense e um neozeland�s. A Ucr�nia classificou a queda como um "ato de terrorismo" e divulgou o que disse ser liga��es interceptadas que provam que a aeronave foi derrubada por separatistas. Mas os rebeldes pr�-R�ssia alegam que um jato da for�a a�rea ucraniana abateu o avi�o. Ainda n�o h� confirma��o sobre o que provocou a queda do Boeing 777, mas acredita-se que a aeronave tenha sido atingida por um m�ssil terra-ar disparado de uma �rea sob controle de rebeldes no leste da Ucr�nia. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse na sexta-feira que h� "evid�ncias" de que o avi�o foi derrubado por separatistas apoiados pela R�ssia. Ele ressaltou que a ajuda dada por Moscou a rebeldes inclui armamentos antia�reos, mas disse que ainda � cedo para cravar quais eram as inten��es de quem lan�ou o m�ssil. A R�ssia, no entanto, tem atacado pa�ses do Ocidente, acusando-os de travar uma guerra de informa��o contra Moscou. O Minist�rio da Defesa russo desafiou a Ucr�nia a detalhar a opera��o de seus sistemas antia�reos no momento da queda. O Conselho de Seguran�a da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU) aprovou na sexta-feira um comunicado pedindo por uma "investiga��o internacional independente e completa".

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Fonte: Vooz �|� Publicado por:

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