Esta sexta-feira (25) foi dia de visita para os 13 presos na Operação Lava Jato que estão detidos no Complexo Médico-Penal (CMP), em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Todos puderam receber a visita de até dois parentes, por um perÃÂodo de três horas.
Entre as pessoas que estão detidas no CMP, há polÃÂticos, executivos de grandes empreiteiras, empresários e ex-diretores da Petrobras. O ex-ministro José Dirceu, os ex-presidentes da Odebrecht e da Andrade Gutierrez, Marcelo Odebrecht e Otávio Marques de Azevedo e os ex-diretores da Petrobras Renato Duque e Jorge Zelada estão entre eles. Também permanece detido no mesmo local o ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores, João Vaccari Neto.
Neste Natal, os presos tiveram direito a uma refeição especial, levada pelos parentes. Foi permitida a entrada de arroz ou macarrão, carne desossada, sobremesa e panetone. No entanto, presentes e bebidas alcoólicas estão proibidas.
Na Superintendência da PolÃÂcia Federal, em Curitiba, onde estão outros seis presos da Lava Jato, a visita de Natal foi na quarta-feira (23). O local abriga o doleiro Alberto Youssef, o pecuarista José Carlos Bumlai e o ex-deputado federal Pedro Corrêa, que, além de responder a processos na Lava Jato, já foi condenado no processo do mensalão. Segundo os advogados, eles puderam receber dois parentes, por até uma hora.
Youssef poderia ter deixado a cadeia na quarta-feira, para passar as festas de fim de ano com a famÃÂlia, a exemplo do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. Ambos são delatores na Lava Jato. Segundo os advogados do doleiro, o benefÃÂcio dado como reconhecimento às informações prestadas por ele na delação premiada. No entanto, Youssef considerou que as exigências da saÃÂda eram muito rÃÂgidas.
"É uma posição pessoal dele, as questões jurÃÂdicas tem que ser postas, essa não é uma escolha dos advogados em si, é uma escolha pessoal do youssef que só ele pode decidir o que é melhor pra ele nesse aspecto de sai ou não sai", explicou o advogado André Pontarolli, que defende Youssef.
Cerveró, porém, aceitou as condições que lhe foram impostas. Ele embarcou no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, em direção ao Rio de Janeiro. O ex-diretor da Petrobras vai permanecer com escolta policial até o dia 2 de janeiro, quando retornará para a prisão na PF, em Curitiba.