Mais uma pessoa suspeita de integrar a quadrilha que financiava carros de luxos com documentos falsos foi presa na segunda-feira (28) em Teresina. Segundo o delegado Matheus Zanatta, o suspeito foi indiciado por emprestar duas vezes o seu nome para compra frauduleta de veículos e tem três registros diferentes e ativos no Cadastro de Pessoa Física (CPF).
"Ele era investigado desde o início da operação e ontem se apresentou na delegacia acompanhado do advogado. O suspeito alegou ser vítima do chefe da quadrilha, no entanto, temos provas concretas da sua participação no esquema criminoso e inclusive ele tem antecedentes por uso de documentos falsos. Era o único integrante da quadrilha que faltava ser preso", explicou.
Zanatta revelou ter aberto outro inquérito para apurar a fraude processual e falsidade ideológica pelo chefe da quadrilha e o seu comparsa. De acordo com o delegado, uma nova fraude descoberta pela Polícia Civil, em que os dois são acusados de utilizar documentos falsos para dar entrada em uma ação revisional de contrato do veículo, de propriedade do coordenador do grupo.
"Eles entraram com uma ação em julho deste ano, com objetivo de abater os juros das parcelas do carro. O mesmo veículo foi, inclusive, vendido por eles durante a fuga e apreendido em Bacabal, no Maranhão. Os dois podem pegar até 13 anos de prisão pelos crimes de estelionato, uso de documentos falsos e associação criminosa, que devem ser somados ainda à punição de fraude da ação revisional", destacou o delegado.
Ao todo, 15 carros de luxos foram apreendidos durante a operação e seis pessoas presas. O esquema criminoso vendia veículos de luxo avaliados em mais de R$ 250 mil abaixo do valor de mercado e o prejuízo ultrapassa R$ 2 milhões.
Receptação
Até o momento, apenas três clientes comprovaram ter sido enganados pelo grupo. Os outros compradores têm até às 17h desta terça-feira (29) para apresentar o documento de compra e venda dos carros, para não serem indiciados por receptação.
"Identificamos que três compradores foram realmente enganados pela quadrilha e pagaram o valor correto, inclusive, tinham cópias dos contratos de compra e venda. Enquanto as outras pessoas em posse dos veículos sabiam que o valor pago não era aquele e tinham consciência das irregularidades", explicou Zanatta.
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