O cantor Hudson teve a prisão preventiva decretada novamente. A informação foi passada pelo delegado da Seccional de Limeira, José Henrique Ventura, na manhã desta sexta-feira. A decisão é do juiz da II Vara Criminal de Limeira, Luiz Augusto Barrichello Neto, que optou pela prisão preventiva pelo flagrante ocorrido na madrugada de quarta-feira, por porte ilegal de armas, derrubando a decisão do juiz Rogério Danna Chaib, da I Vara Criminal de Limeira, que havia concedido a liberdade provisória do cantor sob pagamento de fiança de 12.000 reais -- o delegado não soube informar se a quantia chegou a ser paga pelo cantor.
O cantor foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Piracicaba, após passar por exame de corpo de delito, e deverá permanecer detido aguardando o trâmite do processo. “Ele poderá ser solto somente se alguma medida que possa beneficiá-lo for concedida”, diz o delegado. De acordo com Ventura, Hudson recebeu a confirmação da prisão com reação de decepção, porém de maneira calma.
Antes, Ventura tinha afirmado que a liberdade provisória havia sido concedida ao cantor com a condição de que ele comparecesse ao fórum pelo menos uma vez ao mês, como garantia de que ele não sairia do país.
Histórico - Na quarta, a polícia encontrou no carro do cantor uma pistola 380 e um revólver calibre 38 municiados. As armas estavam registradas em seu nome, mas ele não tinha permissão de transportá-las em espaço público. Ele foi solto após pagar fiança de 6.000 reais.
Horas mais tarde, uma denúncia anônima indicou à polícia de Limeira que havia mais armamento na residência de Hudson, em um condomínio da cidade. Investigadores conseguiram um mandado de busca e apreensão e foram para o local, onde encontraram uma carabina calibre 38, uma bereta calibre 22, duas lunetas, sendo uma de uso restrito, dois carregadores, diversas munições - inclusive de uso exclusivo das Forças Armadas -, um soco-inglês e uma faca, além de uma pequena porção de maconha.
Em comunicado enviado à imprensa na quinta-feira, Hudson diz ter sido ingênuo por ter confiado nas pessoas que lhe deram a arma e a munição que estavam ilegais. Ainda na manhã desta sexta-feira, o advogado informou que pediria a liberdade provisória para Hudson que, segundo ele, "não tem motivo para ficar preso".
Pela lei, o cantor pode ser condenado de dois a quatro anos pelo porte de arma, de um a três anos por ter em casa uma arma sem documentação, e de três a seis anos pela posse de munição de uso restrito. No entanto, como ele é réu primário, deve receber pena mais branda, além de poder responder ao processo em liberdade.