Piaui em Pauta

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Presidente da Agespisa diz que

Presidente da Agespisa diz que desafio de sua gestão será equilibrar contas da empresa.

Publicada em 31 de Maio de 2017 �s 18h02


Emanuel Bonfim Veloso disse nesta quarta-feira (31) que um dos principais desafios de sua gestão será equilibrar as contas da Águas e Esgotos do Piauí S/A (Agespisa), que segundo ele, acumula prejuízo de R$ 500 mil com consumidores inadimplentes. Veloso foi sabatinado por deputados na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) e obteve voto favorável de 22, dos 24 parlamentares que participaram da sabatina, para presidir a empresa.
O ex-superintendente da Caixa Econômica Federal no Piauí, Emanuel Bonfim, assumiu interinamente o cargo de presidente da Agespisa, no último dia 15, em substituição a Raimundo Trigo, que estava no cargo desde janeiro de 2015. A sabatina é uma exigência constitucional para quem preside a Agespisa. A indicação para assumir o cargo de presidente foi feita pelo governador Wellington Dias.

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“Estou aqui para cumprir uma gestão na Agespisa, buscando equilíbrio econômico da empresa, que será uma missão árdua, mas não impossível. Tive a oportunidade de analisar outros municípios que adotaram este sistema e verifiquei sucesso no serviço prestado", disse Emanuel durante seu discurso.
Segundo Francisco Fortes, diretor do Sindicato dos Urbanitários, os servidores temem demissões e que a tarifa de esgoto tenha aumento de 100%. Contrários à subconcessão do serviço de abastecimento em Teresina, alguns manifestantes foram impedidos de ter acesso ao plenário.

O primeiro risco que temos com a privatização é de perder nossos empregos. O governo tem outras maneiras de enxugar a folha, do quer extinguir a empresa que presta serviço essencial, mas ao invés disso cria novos órgãos e continua com alto índice de terceirizados. Por que não fechar a Gaspisa, que não tem utilidade ao estado?", questionou o sindicalista.
De acordo com o Sindicato, somente em Teresina são 600 funcionários e em todo Piauí, 1.350 servidores.
Questionado pelo deputado Rubem Nunes Martins (PSB) sobre como fica a situação dos servidores com a subconcessão, Emanuel Veloso destacou que o processo de transição deve durar 180 dias.
"Apenas os terceirizados serão suspensos, porque a Aegea vai assumir com seu quadro, mas os servidores serão mantidos. Já as contas faturadas nesse início vão para conta da Agespisa para suprir a inadimplência", respondeu o presidente.
O deputado estadual Robert Rios (PDT) optou por não fazer perguntas, apenas recomendou que o novo presidente tivesse cautela e que erguesse a empresa pensando também nos servidores.
"A Agespisa durante anos foi abusada pelos governos e usada para eleger vários políticos, mas continua ainda hoje forte. Eu sou a favor da privatização, mas contra esta que será adotada, porque a empresa pertence ao povo e lá temos vários funcionários que amam o seu trabalho", declarou o parlamentar.
Abastecimento em Teresina
Veloso chega à Agespisa em um momento cuja polêmica gira em torno da subconcessão do abastecimento de água na capital para uma empresa privada. A Aegea Saneamento e Participações S/A, vencedora da licitação, ganha o direito de explorar o setor até 2047. Em contrapartida terá que investir R$ 1,7 bilhão na área.
O Tribunal de Contas do Estado do Piauí chegou a solicita que o governo não homologasse a licitação com o objetivo de afastar a ocorrência de situações jurídicas que poderiam ser motivo de revisão, ajustes e/ou modificação em um momento futuro, em decorrência do processo de auditoria que estava em andamento.
No entanto, no dia 18 de abril, o Tribunal de Justiça do Piauí concedeu liminar garantindo a validado do contrato assinado entre o governo do Piauí e Aegea Saneamento e suspendendo as decisões administrativas sobre o processo em trâmite no TCE.
Tags: Presidente da Agespi - Emanuel Bonfim Velos

Fonte: globo �|� Publicado por: Claudete Miranda
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