Prefeito matou mulher por ci�m

Prefeito matou mulher por ci�mes enquanto ela dormia no PI, diz pol�cia.

Publicada em 12 de Fevereiro de 2015 �s 11h06

A Pol�cia Civil do estado do Piau� disse nesta quarta-feira (11) que Jos� de Arimat�ia, conhecido como Z� Sim�o (PT), prefeito de Lagoa do S�tio, a 240 km de Teresina, � o autor do tiro que matou a primeira-dama Gercineide Monteiro, de 34 anos, crime ocorrido na madrugada da ter�a-feira (10). Segundo a pol�cia, a empregada do casal, No�mia Maria da Silva, de 46 anos, tinha um caso com o gestor e tamb�m tem participa��o no assassinato. Os dois ser�o investigados por homic�dio duplamente qualificado pelos seguintes agravantes: v�tima indefesa e motivo f�til.
Os suspeitos est�o presos: Jos� de Arimat�a na Delegacia de Pol�cia Interestadual (Polinter) e No�mia na Penitenci�ria Feminina, ambos em Teresina. Os dois negam a autoria do crime e n�o foram indiciados pela Pol�cia Civil, que tem 30 dias para finalizar o inqu�rito. Caso sejam condenados pelo o homic�dio, podem pegar at� 30 anos de pris�o. O advogado do prefeito, Lucas Villa, disse que est� trabalhando na defesa de seu cliente e que n�o vai se pronunciar sobre o caso por enquanto. No�mia Maria ainda n�o constituiu advogado para sua defesa.
Segundo a pol�cia, o prefeito matou a mulher por ci�mes, ao suspeitar que era tra�do. As investiga��es mostram tamb�m que a empregada dom�stica do casal No�mia Maria participou do homic�dio ao esconder a arma do crime.

O delegado Willame Moraes, gerente de pol�cia do interior, foi um dos primeiros a chegar ao local do crime quando o corpo foi encontrado, �s 8h da ter�a-feira. Vizinhos acionaram a pol�cia depois que o prefeito anunciou que sua mulher havia sido assassinada.
Para a pol�cia, Jos� de Arimat�ia tinha muito ci�me da mulher e a matou com um tiro no ouvido quando ela estava dormindo. "� curioso porque ele n�o disse que ela estava morta, mas que havia sido assassinada. Ele gritava que haviam matado Gercineide, mas o corpo n�o apresentava sinais de viol�ncia porque ela foi morta com um tiro no ouvido enquanto dormia. Quando chegamos, estranhamos tamb�m porque ele n�o acionou atendimento m�dico quando encontrou a mulher morta", disse o delegado.
Contradi��es
Ainda segundo Willame Moraes, as mentiras que o prefeito contou em depoimento foram fundamentais para comprovar a autoria do crime. Segundo o delegado, Jos� de Arimat�ia mentiu sobre o �ltimo momento em que falou com a mulher e sobre ter mantido rela��es sexuais com Gercineide no dia anterior.

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“Na tentativa de convencer a pol�cia de que o casamento dos dois n�o tinha problemas, o prefeito disse que fez sexo com ela no dia anterior ao da morte. Mas a per�cia confirmou que n�o havia qualquer sinal de rela��es sexuais recentes no corpo da primeira-dama”, declarou o delegado.
Willame Moraes informou ainda que o prefeito declarou em depoimento ter acordado Gercineide �s 5h da manh� da ter�a-feira (10) para perguntar onde estava a chave do seu carro.
Segundo o delegado, o prefeito disse que em seguida saiu para o s�tio do casal, localizado a 20 minutos da resid�ncia onde moravam, deixando Gercineide em casa.
“Isso � imposs�vel de ter acontecido porque os exames da per�cia comprovam que ela j� estava morta no in�cio da madrugada, por volta de 1h. �s 5h da manh� ela j� estava morta, ele n�o poderia ter falado com ela a essa hora”, disse.

C�mplice
O delegado Willame Moraes tamb�m afirmou que a empregada do casal mantinha um caso com o prefeito e o ajudou no crime escondendo a arma usada no assassinato – um rev�lver calibre 38 com apenas um disparo deflagrado.
Segundo a pol�cia, a rela��o entre No�mia Maria e Jos� de Arimat�ia j� durava dois anos e o prefeito teria dito a empregada que queria se separar de Gercineide para ficar com ela.
No�mia Maria disse em depoimento que chegou � resid�ncia do prefeito �s 5h30 da manh� de ter�a e que Jos� de Arimat�ia a entregou a arma do crime, contando que havia matado Gercineide e que a empregada deveria esconder o rev�lver.
No�mia enrolou o rev�lver em uma toalha e escondeu entre o forro e o teto de um dos c�modos da casa. Ela revelou � pol�cia onde estava a arma quando o prefeito tentou acus�-la de ser a autora do crime.

“Quando constatamos que a mulher havia sido morta, percebemos tamb�m que havia sido algu�m de dentro da casa. O prefeito foi levado para ser interrogado e negou desde o primeiro momento, mas n�o temos mais d�vidas de que ele � o autor", disse o delegado.
Segundo ele, o prefeito revelou ter um caso com a empregada da casa para poder incrimin�-la. Assim que a pol�cia chegou � casa e a interrogou, No�mia entregou a arma e contou o que havia acontecido. De acordo com delegado, com o depoimento de testemunhas a pol�cia confirmou tamb�m que a empregada chegou � casa somente �s 5h30, quando a v�tima j� estava morta.
Gercineide e o marido eram casados h� 14 anos e tinham dois filhos, um de 12 e um de 6 anos de idade. As crian�as est�o com a fam�lia da v�tima, que est� completamente transtornada com a morte da mulher. Gercineide era a ca�ula de cinco irm�os e a fam�lia nunca suspeitou que o marido e ela tinham desentendimentos que pudessem levar a um desfecho t�o tr�gico. Seu corpo foi velado e ser� enterrado ainda nesta quarta-feira (11), em Lagoa do S�tio.

Tags: Prefeito matou mulhe - A Pol�cia Civil do

Fonte: GLOBO �|� Publicado por: Da Reda��o

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