Um prédio abandonado na rua Tabelião José Basílio, bairro Joquéi, Zona Leste de Teresina, tem se tornado ponto de encontro de estudantes, usuários de drogas e sem tetos. A denúncia é de moradores e trabalhadores da região. Na manhã desta terça-feira (2), o Corpo de Bombeiros e polícia foram acionados para retirar três alunos da Unidade Escolar Professor Darcy Araújo, que estavam na borda do 18º andar do prédio.
De acordo com diretora da escola, as família dos jovens não autorizaram falar sobre o caso, mas conta que é bem comum a presença de alunos no prédio. “Muitos alunos vão até lá para ‘curtir’, como eles mesmo dizem. Já conversamos de todas as formas com os alunos, alertamos, mas é algo feito fora da escola, não temos como nos responsabilizar por atitudes como essa”, disse.
Para tentar evitar que mais ações como essa aconteçam, a diretora afirma que deve acionar o Ministério Público do Estado do Piauí para que eles tomem alguma providência. “Ninguém sabe quem é o proprietário desse prédio, então espero que um órgão público possa se empenhar para que sejam tomadas atitudes que evitem a entrada no local”, contou.
Segundo uma vizinha do local, que preferiu não ser identificada, é muito comum que pessoas entrem no imóvel, situação que para ela demonstra insegurança e irresponsabilidade.
“Sempre tem gente aí, as vezes estudantes, outras vezes usuários de drogas ou pessoas sem teto. Não há uma fiscalização no local, não há nenhuma medida que impeça a entrada desse pessoal, o que gera para nós, que somos vizinhos, um sensação de insegurança enorme além de ser um perigo para esses jovens que entram lá. Já aconteceu de pessoas subirem e não terem condições de descer e ficar gritando até que a polícia chegasse para conseguir ajudá-los”, disse.
O segurança de uma loja de brinquedos que fica próximo ao prédio, Luis de Sousa, conta que a situação é preocupante. “É triste ver essas crianças aí, em um local abandonado como esse, sem nenhuma segurança, sem saber o que exatamente eles estão fazendo, podendo acontecer um acidente“, falou.
Ainda de acordo com o segurança, depois da morte de uma moradora de rua em 2014, os usuários de drogas e sem teto ficam no local mais no período da noite, mas que durante o dia o mais comum é a presença de jovens.
“Eu já fechei muitas vezes o portão que é constantemente aberto novamente. É comum ver jovens, alunos da escola pública aqui perto, visivelmente menores de idade, que chegam em turma, entram no local, ficam lá em cima filmando, tirando foto, jogando coisas. Não são três, nem cinco não, são turmas de 12 jovens ou mais”, contou.
O auxiliar administrativo Bruno Amaral, que trabalha em frente ao local, conta que sempre vê jovens no local e que acredita que não seja para fazer algo ilegal, para ele são apenas atitudes juvenis.
“Pelo o que vemos é algo bem comum a presença de jovens no local. Não posso dizer que é algo correto, mas acredito que são apenas atitudes impensadas de jovens. Eles querem tirar fotos, querem ficar sozinhos em um local, que para essa idade é apenas uma aventura”, disse.
O G1 não localizou o proprietário do prédio.