O pré-candidato ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha (centro), recebe o apoio do PP de Paulo Maluf para as eleições de 2014 (direita)
O deputado federal e presidente do PP em São Paulo, Paulo Maluf, oficializou nesta sexta-feira (30) o apoio a candidatura de Alexandre Padilha ao governo paulista. "A nossa querida Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva estão apostando eleitoralmente e seriamente na eleição de Alexandre Padilha e vão ficar corresponsáveis pela administração de Alexandre Padilha como governador", disse em evento na capital nesta sexta-feira (30).
Imagem: Alice Vergueiro/Futura PressO pré-candidato ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha (centro), recebe o apoio do PP de Paulo Maluf para as eleições de 2014 (direita)
Com a entrada do PP na campanha, o PT, que já tem o apoio do PC do B, ganha um minuto a mais no horário eleitoral gratuito. "Hoje o PT sai na frente dos outros candidatos em relação a alianças", disse Padilha, ao comemorar a adesão do partido que em 2010 apoiou a eleição do tucano Geraldo Alckmin.
Maluf disse que, apesar das críticas ao governo, o Brasil permanece crescendo sob o comando de Dilma em um cenário internacional desfavorável, o que fez o PP reafirmar o a apoio a sua reeleição na semana passada e replicar a aliança no Estado.
O presidente estadual do PT, Emídio de Souza, disse o apoio do partido de Maluf reforça à candidatura. "Se eu sabia que Padilha representava o novo, eu, a partir de hoje, estou mais convencido, porque essa candidatura ganha uma robustês", disse. "Aqueles que, até essa madrugada disputavam o apoio do PP, serão os primeiros a nos atacar."
Em 2012, o apoio de Maluf a candidatura de Fernando Haddad (PT) gerou constrangimento na base do partido, causando a renúncia de Heloisa Erundina (PSB) do cargo de vice do petista. Desta vez, tanto Padilha como outros membros do PT estavam com um discurso de defesa da aliança afinados. O presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse que a aliança é coerente, e que o PP apresentou 11 pontos para contribuir com o novo governo.
O presidente nacional do PP, o senador Ciro Nogueira, disse que o aliança será tão importante para Padilha quanto foi para a eleição de Haddad. "Essa aliança vai ser criticada, mas nós fomos procurados por todos os candidatos. Nós escolhemos por coerência."
"Se alguém discorda (da aliança), isso é prova que a democracia no Brasil funciona", disse Maluf, que evitou falar sobre as consequências do apoio à Padilha sobre os cargos se seu partido no governo Alckmin.
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Alianças
Ao chegar ao evento, Maluf disse que a aliança de apoio a Padilha será "do tamanho do corcovado". Padilha agradeceu o apoio do PP e disse que continua a trabalhar para reproduzir em São Paulo a base do governo Dilma.
"Eu não fiz nenhum cálculo de tempo, nem houve conversas sobre cargos", disse Padilha. "Essa aliança não se iniciou há dois anos, na eleição de Haddad. Ela vem sendo construída com o amadurecimento do PP e do PT", defendeu.