Por que o hor�rio flex�vel pode ser armadilha na carreira

Publicada em 22 de Maio de 2014 �s 10h40

Sim, hor�rio flex�vel � um dos benef�cios mais desejados pelos funcion�rios. E por conta disso, muitas empresas passaram a oferec�-lo. Google, Unilever, Bosch e 3M s�o exemplos de lugares com “rel�gios de ponto mais el�sticos” para seus empregados. Mas, o para�so que � uma empresa com menos rigidez no hor�rio de entrada e sa�da pode ganhar contornos infernais, na hora de encarar a avalia��o anual de desempenho. � o que mostra trecho de um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Washington, publicado pela Harvard Business Review na semana passada. A �ntegra da pesquisa ser� divulgada ainda este ano pelo Journal of Applied Psychology. Os pesquisadores verificaram que o hor�rio escolhido para o expediente pode fazer grande diferen�a na imagem do profissional perante seu chefe o que, consequentemente, “respinga” na avalia��o da sua performance. Nos Estados Unidos, conclu�ram os professores da Universidade de Washington, a velha m�xima do “Deus ajuda quem cedo madruga” parece ainda estar valendo. Isso porque aqueles funcion�rios que pisam no escrit�rio ao raiar do dia, em geral, recebem avalia��es mais generosas do que os seus colegas que preferem bater o cart�o mais tarde, mesmo que, na soma de horas, trabalhem igual ou at� mais do que seus pares “matutinos”. Por l�, quem acorda cedo para encarar o expediente � visto como mais aplicado ao trabalho do que profissionais “coruj�es”. A hip�tese verificada empiricamente pelos pesquisadores � que as pessoas ainda associam, mesmo que inconscientemente, o per�odo da manh� com estado de maior consci�ncia e efetividade no trabalho. Eles descobriram ainda que desempenhos profissionais id�nticos podiam ser avaliados diferentemente se hor�rio de entrada na empresa variasse. Assim, mesmo sendo produtivo na mesma medida do colega que entra �s 7h no trabalho, o profissional que chega �s 11h era preterido na avalia��o. Ou seja, quer voc� concorde ou n�o, os resultados da pesquisa demonstram o que, na pr�tica, muitas pessoas vivenciam, mesmo de maneira velada. De nada adianta ter hor�rio flex�vel se o que ainda est� em voga s�o os estere�tipos. No Brasil, reinam os “coruj�es” Muda o hemisf�rio, invertem-se os hor�rios e seus preconceitos. “O Brasil � preconceituoso, sim, com rela��o � jornada flex�vel. H� preconceitos, por�m, n�o com o hor�rio de entrada, mas, sim, com o hor�rio de sa�da”, diz Marcelo Braga, s�cio da Search Consultoria em Recursos Humanos. Por aqui, o primado � dos “coruj�es”. O estere�tipo de comprometido cabe ao funcion�rio que estica ao m�ximo o hor�rio de sa�da. “A hora de entrada n�o � t�o percebida quanto a de sa�da”, diz Braga. Ningu�m reparou na sua chegada, mas “largue a caneta” todo dia ao badalar das 18h e ser�, inevitavelmente, notado. Por outro lado, seja o �ltimo a sair do escrit�rio e ganhe fama de “trabalhador”. “� esta a percep��o que o ambiente cultural do mercado brasileiro retrata”, diz Braga. Como usar o hor�rio flex�vel sem se “queimar” com o chefe Abra o jogo com o seu chefe e verifique o que pesa na avalia��o que ele faz do seu desempenho, recomenda Rog�rio Boeira, especialista em desenvolvimento de pessoas e fundador da escola de aprendizagem corporativa Cultman. “S�o os resultados ou o tempo que voc� fica dispon�vel dentro da empresa que valem mais”, diz Boeira. Saber o que � importante para o seu chefe � essencial para negociar com ele de que maneira � poss�vel flexibilizar o hor�rio sem ter consequ�ncias negativas para a carreira. Mant�-lo informado, caso decida entrar mais tarde ou sair mais cedo, tamb�m � fundamental para minimizar conflitos, segundo ele. “O problema � que muita gente tem receio de manter di�logo, acha que � o mesmo que pedir permiss�o para se levantar e ir ao banheiro, mas n�o �”, diz Boeira. Sim, hor�rio flex�vel � um dos benef�cios mais desejados pelos funcion�rios. E por conta disso, muitas empresas passaram a oferec�-lo. Google, Unilever, Bosch e 3M s�o exemplos de lugares com “rel�gios de ponto mais el�sticos” para seus empregados. Mas, o para�so que � uma empresa com menos rigidez no hor�rio de entrada e sa�da pode ganhar contornos infernais, na hora de encarar a avalia��o anual de desempenho. � o que mostra trecho de um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Washington, publicado pela Harvard Business Review na semana passada. A �ntegra da pesquisa ser� divulgada ainda este ano pelo Journal of Applied Psychology. Os pesquisadores verificaram que o hor�rio escolhido para o expediente pode fazer grande diferen�a na imagem do profissional perante seu chefe o que, consequentemente, “respinga” na avalia��o da sua performance. Nos Estados Unidos, conclu�ram os professores da Universidade de Washington, a velha m�xima do “Deus ajuda quem cedo madruga” parece ainda estar valendo. Isso porque aqueles funcion�rios que pisam no escrit�rio ao raiar do dia, em geral, recebem avalia��es mais generosas do que os seus colegas que preferem bater o cart�o mais tarde, mesmo que, na soma de horas, trabalhem igual ou at� mais do que seus pares “matutinos”. Por l�, quem acorda cedo para encarar o expediente � visto como mais aplicado ao trabalho do que profissionais “coruj�es”. A hip�tese verificada empiricamente pelos pesquisadores � que as pessoas ainda associam, mesmo que inconscientemente, o per�odo da manh� com estado de maior consci�ncia e efetividade no trabalho. Eles descobriram ainda que desempenhos profissionais id�nticos podiam ser avaliados diferentemente se hor�rio de entrada na empresa variasse. Assim, mesmo sendo produtivo na mesma medida do colega que entra �s 7h no trabalho, o profissional que chega �s 11h era preterido na avalia��o. Ou seja, quer voc� concorde ou n�o, os resultados da pesquisa demonstram o que, na pr�tica, muitas pessoas vivenciam, mesmo de maneira velada. De nada adianta ter hor�rio flex�vel se o que ainda est� em voga s�o os estere�tipos. No Brasil, reinam os “coruj�es” Muda o hemisf�rio, invertem-se os hor�rios e seus preconceitos. “O Brasil � preconceituoso, sim, com rela��o � jornada flex�vel. H� preconceitos, por�m, n�o com o hor�rio de entrada, mas, sim, com o hor�rio de sa�da”, diz Marcelo Braga, s�cio da Search Consultoria em Recursos Humanos. Por aqui, o primado � dos “coruj�es”. O estere�tipo de comprometido cabe ao funcion�rio que estica ao m�ximo o hor�rio de sa�da. “A hora de entrada n�o � t�o percebida quanto a de sa�da”, diz Braga. Ningu�m reparou na sua chegada, mas “largue a caneta” todo dia ao badalar das 18h e ser�, inevitavelmente, notado. Por outro lado, seja o �ltimo a sair do escrit�rio e ganhe fama de “trabalhador”. “� esta a percep��o que o ambiente cultural do mercado brasileiro retrata”, diz Braga. Como usar o hor�rio flex�vel sem se “queimar” com o chefe Abra o jogo com o seu chefe e verifique o que pesa na avalia��o que ele faz do seu desempenho, recomenda Rog�rio Boeira, especialista em desenvolvimento de pessoas e fundador da escola de aprendizagem corporativa Cultman. “S�o os resultados ou o tempo que voc� fica dispon�vel dentro da empresa que valem mais”, diz Boeira. Saber o que � importante para o seu chefe � essencial para negociar com ele de que maneira � poss�vel flexibilizar o hor�rio sem ter consequ�ncias negativas para a carreira. Mant�-lo informado, caso decida entrar mais tarde ou sair mais cedo, tamb�m � fundamental para minimizar conflitos, segundo ele. “O problema � que muita gente tem receio de manter di�logo, acha que � o mesmo que pedir permiss�o para se levantar e ir ao banheiro, mas n�o �”, diz Boeira.

� Siga-nos no Twitter

Tags:

Fonte: Vooz �|� Publicado por:

Comente atrav�s do Facebook

Mat�rias Relacionadas