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A popularidade dos EUA e especialmente do presidente americano, Barack Obama, despencaram no Brasil no último ano, após as revelações da espionagem americana no país.
Segundo pesquisa do instituto Pew divulgada nesta segunda-feira (14), a aprovação de Obama no Brasil caiu de 69% para 52% entre 2013 e 2014. A imagem positiva dos EUA de 73% para 65% dos entrevistados. saiba mais Gestão de Obama da crise no Iraque é desaprovada por 52% dos americanos Guerra no Afeganistão acaba este ano, diz Obama Obama diz no Afeganistão que vai fazer anúncio sobre tropas em breve Casa Branca fecha brevemente após carro perseguir filhas de Obama Papel dos EUA não consiste em oposição à China, diz Obama Leia mais sobre Barack Obama
Entre 44 países selecionados para uma ampla pesquisa sobre a imagem internacional dos EUA, o Brasil é o segundo país aonde a oposição à espionagem de cidadãos pelos americanos é maior (94%, apenas atrás da Grécia). E é o sétimo que mais se opõe ao uso de drones em operações militares (apenas EUA e Israel têm maiorias que defendem o uso).
Além disso, 83% dos brasileiros também se manifestaram contra a espionagem de chefes de Estado. Já na Alemanha, aonde os documentos vazados pelo ex-analista da NSA Edward Snowden revelaram que a chanceler Angela Merkel tinha seu celular "grampeado" pelos americanos, a espionagem contra chefe de Estado é mais desaprovada (90%) que a espionagem contra cidadãos comuns (87%).
Na Alemanha, a popularidade de Obama também caiu 17 pontos percentuais, como no Brasil, foi de 88% para 71%.
As maiores quedas na popularidade de Obama na condução de política internacional, questionada pelo Pew, aconteceram na América Latina, de 17 pontos no Brasil, 13 pontos na Argentina e 9 pontos no México.
A Argentina é aonde os EUA e Obama têm visões favoráveis mais baixas na região (36% e 31% respectivamente).
Mas a maior queda no mundo foi na Rússia, que passou de 51% de imagem favorável dos EUA para 23% no último ano.
A pesquisa anual do Pew também mediu a popularidade da China, a emergente superpotência que é vista como ameaça por muitos americanos. Assim como os EUA, a China tem imagem favorável em quase todos os continentes –mas bem mais positiva na Ásia e na América Latina e menos positiva na Europa e nos EUA.
O Brasil é, entre os países pesquisados na região, onde mais gente afirmou ter imagem desfavorável da China (44%), mesmo percentual dos que disseram ter imagem favorável. Venezuela e Chile são os que têm melhor imagem da China (67% e 60% favoráveis, respectivamente).
Nos EUA, 55% têm visão desfavorável e 35% favorável, mas quando questionados se o crescimento econômico chinês tem impacto positivo, 49% disseram que é bom, contra 42% que é ruim.
O Pew entrevistou cerca de mil pessoas em cada um dos países pesquisados, entre março e maio, exceto na China e na Índia, onde foram ouvidas 3.190 e 2.464 pessoas, respectivamente.