Policiais federais do Piauí paralisaram às 8h da manhã desta terça-feira (25) as atividades do órgão, que só volta a funcionar plenamente na quinta-feira (27). Eles reivindicam mudanças nos processos de investigações criminais e o fim do inquérito policial. Para simbolizar a reivindicação, eles encheram na frente da sede da Polícia Federal (PF) do Piauí um balão inflável no formato de um elefante branco, de quase 3 metros de altura.
“É como quando há obras grandiosas que não servem pra nada, inacabadas, no Brasil. O inquérito policial é grande, é pesado e lento”, diz o presidente do Sindicato dos Servidores do Departamento de Polícia Federal no Estado do Piauí (SSDPFPI), Luiz Alberto José da Silva.
A ideia de por fim ao inquérito policial é integrar desde o primeiro momento todos os agentes envolvidos como Ministério Público e juízes, economizando fases processuais, como interrogatórios e audiências com testemunhas, diz o sindicalista.
Hoje, os inquéritos são demorados porque a polícia fica 30 dias debruçada sobre um caso, tempo que pode ser prorrogado. Além disso, o Ministério Público pode pedir novas diligências e aí o processe se arrasta mais ainda, como no caso Fernanda Lages, diz Luiz Alberto, que revela ainda que cerca de 96% do inquéritos ficam emperrados, sem solução.
A manifestação acontece nas polícias federais de todo o Brasil e com a paralisação, só funcionam na PF-PI serviços básicos como “plantão, custódia e oitiva de preso, caso seja necessário”, informa o sindicato do policiais.