Policiais civis do Piauí realizaram na manhã desta quarta-feira (22) uma manifestação em frente à Delegacia Geral, no Centro de Teresina. Na oportunidade, a categoria denunciou o abandono da polícia judiciária e cobrou melhorias nos distritos policiais da capital e interior.
O presidente do Sindicato dos Policiais de Carreira do Piauí (Sinpolpi), Constantino Júnior, lembrou que o ato acontece um dia após o dia do policial civil e atualmente o órgão vive numa situação precária.
Não há o que se comemorar, falta estrutura física adequada e de pessoal nas delegacias de todo o estado, além disso, não temos promoções há mais de dois anos”, declarou.
Constatino Júnior destacou que os policiais também protestam contra a custódia de presos da Justiça. “Não é da nossa responsabilidade esta função. A Central de Flagrantes hoje vive um problema muito grave porque não tem condição de abrigar esta quantidade de presos que ficam amontoados. Os policiais que lá trabalham correm um risco muito grande e são questões como essas que queremos soluções do governo”, comentou.
Na manifestação a categoria exigiu a interiorização da Polícia Judiciária, com estrutura física adequada e quadro de pessoal, como também, implantação da polícia técnica e científica em outros municípios.
“A grande maioria das cidades do Piauí não conta com o agente civil, além disso, a polícia técnica científica quase não existe. Só temos Instituto Médico Legal em Teresina e Parnaíba. É necessário mais concurso, que o governo chame os policiais que estão terminando o curso de formação da academia, para aumentar o efetivo e fazer a distribuição nas delegacias e interior do estado”, ressaltou Constantino.
Outro problema apontado pela categoria é a valorização do policial. De acordo com o Sinpolpi, o governo tirou a condição especial de trabalho das chefias de plantão, cartório e investigação. Com o corte da gratificação, as delegacias estão sem um responsável para atender as demandas quando há ausência dos delegados.
“Cobramos também a redução da grande diferença salarial entre os subsídios do cargo de delegado de polícia e os demais cargos, em especial ao agente e escrivão de polícia. Hoje recebemos 30% do subsídio do delegado e nossa bandeira de luta é de 60%”, acrescentou.