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Polícia tenta capturar executivo suspeito de integrar quadrilha internacional de cambistas

Publicada em 10 de Julho de 2014 �s 20h30


Raymond Whelan, de 64 anos, no momento em que deixava a 18ª DP (Praça da Bandeira)  Raymond Whelan, de 64 anos, no momento em que deixava a 18ª DP (Praça da Bandeira)  Imagem: - Fernando Quevedo / Agência O Globo Raymond Whelan, de 64 anos, no momento em que deixava a 18ª DP (Praça da Bandeira)   Policiais civis fazem buscas, nesta quinta-feira, pelo ex-diretor-executivo da Match Services Raymond Whelan, que teve a prisão decretada pela Justiça. Os agentes estiveram, durante a tarde, no Copacabana Palace para cumprir mandado de prisão preventiva contra o britânico, mas não o encontraram. Imagens do circuito interno de segurança do hotel mostram Whelan saindo pela porta lateral, que dá acesso à Rua Rodolfo Dantas, acompanhado do advogado Fernando Fernandes. O ex-diretor da Match é considerado foragido. Para a polícia, os sinais de fuga são evidentes. saiba mais Ministro cobra mudanças após 7 a 1 e defende intervenção estatal no futebol Neymar admite fracasso da seleção mas diz que será injustiça se jogadores ficarem marcados Finalistas lideram ranking provisório da Fifa; Brasil cai para 7º Se Brasil ficar em 3º lugar, CBF receberá R$ 48 milhões Papéis de empresas brasileiras sobem no exterior, após derrota na Copa Leia mais sobre Copa 2014 — Encontramos a televisão ligada, dois aparelhos celulares, e todas as malas com as roupas dele. Tudo isso foi encontrado no quarto que ele estava hospedado com a mulher, na suíte 514 — disse o inspetor Vicente Barroso, da 18ª DP (Praça da Bandeira). Ricardo Teixeira abriu portas no país para executivo acusado de chefiar cambistas Whelan é acusado de envolvimento no esquema ilegal de venda de ingressos, chefiado pelo franco-argelino Mohamadou Lamine Fofana, preso na Operação Jules Rimet da Polícia Civil do Rio, desencadeada no mês passado. Nesta quinta-feira, a Justiça aceitou denúncia contra Whelan e mais 11 acusados de envolvimento com a quadrilha internacional de cambistas. Além de Whelan e Fofana, foram denunciados Alexandre Marino Vieira; Antonio Henrique de Paula Jorge, o “Henrique”; Marcelo Pavão da Costa Carvalho; Sergio Antonio de Lima, o “Serginho”; Julio Soares da Costa Filho; Fernanda Carrione Paulucci; Ernani Alves da Rocha Junior, o “Junior”; Alexandre da Silva Borges, vulgo “Xandy”; e Ozeas do Nascimento. O titular da 18ª DP (Praça da Bandeira), Fábio Barucke, determinou que o executivo fosse procurado em cinco locais. Uma cópia dos mandados de prisão foram encaminhadas para a Polícia Federal e para a Interpol, para evitar que ele e Marcelo Pavão Carvalho - que também chegou a ser preso, mas foi solto por determinação da Justiça - deixassem o país. Carvalho se apresentou à 18ª DP na tarde desta quinta-feira, acompanhado de advogados. Barucke, que é responsável pelas investigações, entregou o inquérito ao Ministério Público estadual na quarta-feira. No documento, 12 pessoas foram indiciadas. Apenas o advogado paulista José Massih não teve a prisão decretada, por ter colaborado com as investigações. Segundo a polícia, Massih teria indicado a participação de Whelan no esquema. O inquérito foi analisado pelo promotor Marcos Kac, da da 9ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal da 1ª Central de Inquéritos. Segundo Kac, os 12 são acusados de participação na venda ilegal de ingressos da Copa vão responder por organização criminosa, cambismo, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal. POLÍCIA ANALISA IMAGENS DO COPACABANA PALACE Pelas imagens do Copacabana Palace, a polícia quer verificar se houve encontros entre Whelan e Fofana no hotel. Na suíte do britânico, foi apreendida uma minuta de contrato entre a Match Services e a Atlanta Sportif, empresa de Fofana. No documento, estão especificados valores e a quantidade de pacotes de ingressos que seriam comercializados. A polícia investiga também se existe relação entre o cambista inglês preso Roger Anthony Leigh e o ex-diretor da Match, única empresa autorizada a vender ingressos para a Fifa. O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, disse, nesta quinta-feira, durante o briefing diário da Fifa com a imprensa no Maracanã, que a Polícia Civil do Rio o direito de investigar a Match. Perguntado por um jornalista alemão como um integrante do governo se sentia a respeito do comunicado da empresa suíça, classificando a operação de "arbitrária e ilegal", Rebelo afirmou: - O Brasil é um país maduro, organizado, com seus poderes constituídos legalmente. A polícia está agindo dentro da lei porque vive sob controle da corregedoria da própria polícia e do Ministério Público. Portanto, não foi apresentado nenhum fato de que a polícia tenha agido à margem ou acima da lei. O Poder Judiciário pode corrigir qualquer irregularidade. Não sei por que razão a empresa atribui à polícia qualquer ato de ilegalidade - afirmou Aldo. MATCH VOLTA A CRITICAR OPERAÇÃO DA POLÍCIA CIVIL Em novo comunicado, divulgado nesta quinta-feira, Jaime Byrom, presidente executivo da Match Services e da Match Hospitality, voltou a contestar a Polícia Civil. Mas, ainda assim dispõe-se a colaborar com as investigações. "Os responsáveis ??pela investigação da 18ª DP da Polícia Civil do Rio de Janeiro não são especialistas no serviços de ingressos e de hospitalidade da Copa do Mundo da Fifa. Uma análise superficial das páginas de ingressos e hospitalidade no (site) FIFA.com teria alertado para o fato de que há uma distinção a ser feita entre bilhetes de entrada e pacotes de hospitalidade. Pacotes de Hospitality incluem, entre outros serviços no local, no estádio um ingresso de admissão ao jogo correspondente", diz a nota, acrescentando que o trabalho das empresas no Brasil não terminou, o que não deve acontecer antes do final de 2014. No fim, Byrom diz que "gostaria de agradecer pessoalmente a diversas autoridades de todo o Brasil que têm trabalhado em estreita colaboração com a equipe da Match Enforcement muito antes e durante a Copa do Mundo. Em particular, gostaria de agradecer ao Delegada Izabala Satroti, da 12 ª Delegacia da Polícia Civil do Rio, do Delegado Alexandre Braga, da Deat, do Delegado Jefferson, da Polícia Civil, em Brasília, bem como o doutor Rogério, diretor de Inteligência da Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos (Sesge), por seus esforços incansáveis ??e intermináveis ??para ajudar a reprimir a venda de ingressos ilegais e realizar algumas detenções de alto perfil, tanto nacional como internacionalmente". E lista outras oito "autoridades têm efetivamente contribuído para o objetivo de identificar terceiros que realmente estão revendendo ingressos ilegalmente". Nesta quinta-feira, terminou o prazo da prisão temporária dos dez presos na operação Operação Jules Rimet, deflagrada no dia 1 º de julho com o cumprimento de 20 mandados de busca e apreensão. Ray Whelan chegou a ser preso, mas obteve um habeas corpus 12 horas depois. Marcelo Pavão Carvalho também recebeu o benefício e foi solto mediante fiança de R$ 4 mil. As decisões foram proferidas pela desembargadora Marília de Castro Neves Vieira. Todos os outros acusados estão presos no Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste.

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Fonte: Vooz �|� Publicado por:
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