Policiais da Força Tática da Polícia Militar descobriram na manhã deste domingo (3) em Água Branca, Centro Sul do Piauí, um local onde funcionava uma rinha de galos. No momento da ação, 11 pessoas foram encaminhadas para a delegacia, sendo uma delas o dono do estabelecimento.
A polícia chegou na hora em que ocorreria mais uma disputa entre os animais. Segundo o major Maurício de Lacerda, as rinhas ainda que proibidas no Brasil, continuam a ser práticas recorrentes em algumas cidades do interior.
Um total de 13 galos foram apreendidos e também levados para a Delegacia de Água Branca e deverão ser entregues a algum órgão de proteção aos animais.
“É uma cultura ainda, mas não somos coniventes com isso porque se trata de crime ambiental”, falou o major.
Na delegacia foi lavrado apenas um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e os donos dos animais liberados, mas enquadrados no art.32 da Lei de Crimes Ambientais Nº 9.605/98. A pena varia de três meses a um ano de detenção e multa.
Antigamente as rinhas de galos eram amplamente praticadas no Brasil, e foram proibidas em 1934 no governo de Getúlio Vargas. Em 1941, passaram a ser consideradas contravenção penal.
Segundo órgãos de fiscalização e proteção dos animais, os galos são treinados por seus donos para fortalecer a musculatura e assim ficaram aptos às disputas. Alguns "treinamentos" incluem rituais tortuosos como arrancar as penas da cabeça e da parte superior da coxa e ainda a aplicação de substâncias muitas vezes prejudiciais à saúde do animal.