Os membros do Serviço de Inteligência da Polícia Civil decidiram entregar seus cargos aos gestores dos órgãos, nesta terça-feira (14). A categoria afirma que a decisão se deu às más condições de trabalho e a falta de estrutura nas unidades. O Grupo de Repressão ao Crime Organizado (GRECO), o Núcleo de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública, A Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DEPRE), a Corregedoria Geral da Polícia Civil, a Polinter, a Delegacia de Homicídios e a Perícia Criminal aderiram a deliberação.
Ainda nesta manhã, os membros do sindicato da categoria (Sinpolpi) se reuniram com o presidente da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), o deputado estadual Themístocles Filho, para pedir que os parlamentares colaborassem com o movimento “Polícia Legal”, que já dura um mês e quatro dias. Durante o encontro, o presidente do Sinpolpi, Cristiano Ribeiro, relatou ao deputado que, a estrutura da Polícia Civil do Estado é escassa e que além disso, os policiais estão trabalhando com coletes e munições vencidas.
Além disso, o sindicato denunciou que há pessoas da Polícia Civil que recebem de 10 a 15 diárias por mês, sem realizar viagens a trabalho. Ainda segundo o comunicado, o salário dos delegados seria 600 por cento maior que o dos demais policiais civis de base,e que a proposta oferecida ao Governo é a de que a categoria passe a receber 45% relativo ao salário dos delegados.
“Estão faltando mais profissionais na área. Nós constatamos que para cada grupo de 2.220 pessoas, só existe um policial para fazer a segurança. Queremos também que os delegados apurem e investiguem as ocorrências que cheguem às delegacias, pois, no 11° DP, por exemplo, só em março foram contabilizados 129 furtos, porém, não foi feito nenhum inquérito sequer”, disse Ribeiro.
O presidente da Assembleia informou aos membros do Sinpolpi que irá se reunir com o governador do Estado, Wilson Martins, para discutir as reivindicações da Polícia Civil, e que irá comunicar em breve o que foi deliberado.