A polícia está decidindo nesta segunda-feira qual a melhor forma para retomar as buscas por Juan de Moraes, 11, desaparecido desde 20 de junho na favela Danon, em Nova Iguaçu (Baixada Fluminense).
As buscas no matagal próximo da favela foram interrompidas ontem à noite, sem que fosse encontrado qualquer pista sobre o menino. A área estava sendo vasculhada desde que a polícia recebeu, por meio do Disque-Denúncia, informações de que o corpo de Juan havia sido enterrado ali.
Como não foi encontrado nenhum indício da presença do corpo nem houve nova denúncia a respeito de sua localização, por enquanto as buscas estão interrompidas.
Ainda hoje, a PM deve decidir e anunciar quais são os próximos passos da busca.
Juan sumiu após se deparar com um tiroteio entre PMs do 20º Batalhão e um traficante, quando voltava para casa, na favela Danon. Ele estava com o irmão, Weslley de Moraes, 14, que foi baleado. Weslley diz ter visto Juan ferido, mas desmaiou e não viu mais o irmão. A Polícia Civil e a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa investigam o caso.
A ONG Rio da Paz iniciou neste fim de semana a campanha "Todo o Rio quer saber onde está Juan". Voluntários percorrerão até sábado (9) diversos pontos do Rio e de Niterói, na região metropolitana, para fotografar pessoas ao lado de uma faixa que questiona o paradeiro do menino.
De acordo com o presidente da ONG, Antônio Carlos Costa, todas as fotos serão colocadas na internet para pressionar o governo na busca por solução não apenas para este caso, como para os mais de 22,5 mil desaparecidos listados pelo Instituto de Segurança Pública.