O delegado Marcus Vinícius Braga, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), concluiu o inquérito que apurava a morte da modelo e fotógrafa capixaba Lucilene Miranda, de 33 anos. De acordo com as investigações, Lucilene se jogou da janela do 21º andar do apartamento onde morava, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, na tarde do dia 21 de fevereiro. Na época, o caso já havia sido registrado como suicídio, mas a família da vítima suspeitava que o namorado, o fotógrafo Rodolfo Rocha, tivesse participação no crime.
Segundo o delegado, a análise de câmeras de segurança do condomínio mostrou que Rodolfo estava no térreo do prédio no momento em que Lucilene caiu e não no apartamento do casal. Laudos da perícia também indicaram que ela se jogou da janela. Vizinhos, amigos, parentes e o namorado foram ouvidos na delegacia. O inquérito será encaminhado, nesta quarta-feira, a Justiça.
Histórico de brigas
Lucilene e Rodolfo moravam juntos havia três meses e, dois dias antes da morte da modelo, o rapaz chegou ao apartamento com amigos, usuários de drogas, que Lucilene não gostava. Eles discutiram e o fotógrafo teria expulsado a modelo de casa. Quando ela recolhia seus pertences, o rapaz chegou a lhe puxar pelos braços e pescoço. Ela então fez um registro, na mesma delegacia, por lesão corporal.
Na ocasião, agentes da distrital ligaram para Rodolfo, que fez um acordo com Lucilene para que ela pegasse seus pertences no apartamento. A modelo, entretanto, não quis receber medidas protetivas contra o namorado.
Viagens
De acordo com os parentes de Lucilene Miranda, a modelo viajou para vários países a trabalho e morava no Rio há 15 anos. Desde o primeiro mês de namoro com Rodolfo, ela passou a dividir um apartamento com o fotógrafo. O enterro da modelo aconteceu no Cemitério de Santa Inês, em Vila Velha, no Espírito Santo, onde ela nasceu e onde mora sua família.