A Justiça Militar começou a ouvir nesta terça-feira (17), os envolvidos no furto de cerca de R$300 mil de um banco, no final do ano passado. Os acusados são dois policiais militares que transportaram o dinheiro entre a sede do banco e o batalhão no qual eram lotados, na Zona Leste de Teresina. No assalto ao banco, gerente foi sequestrada pelos ladrões.
A previsão é que sejam ouvidas, 17 pessoas, dessas, 15 apresentados pela defesa e acusação e os dois PM’s acusados. O cabo Vanderlei Rodrigues da Silva e o soldado Erasmo Furtado foram presos cautelarmente, em dezembro de 2017, depois que R$ 300 mil, que haviam sido recuperados de um assalto a uma agência do Banco do Nordeste em Teresina, desapareceram.
Na época, a dupla havia abortado um assalto em uma agência bancária e em seguida, uma pessoas foi presa e R$ 600 mil foram recuperados, sendo que R$ 304 mil sumiram antes de serem entregues à Policia Civil.
Vídeo mostra desaparecimento do dinheiro
Imagens mostram os PM's saindo com o dinheiro que segundo o Ministério Público (MP) desapareceu antes do Batalhão onde são lotados. Para o promotor Assuero Stevesson as imagens são provas concretas do roubo. "As imagens são fortes nesse sentido. Provam que eles pegaram o dinheiro e o trajeto saindo do banco ao batalhão houve uma demora e eles pararam. É um indício veemente. Porque foram por outro caminho e não pelo caminho mais curto e mais lógico", explicou o promotor.
O advogado de defesa dos policiais militares, Pitágoras Veloso, tem plena convicção de que não foram os dois policiais que roubaram o dinheiro e alega que eles são inocentes.
“Acredito e confirmo que não foi o soldado Erasmo e muito menos o cabo W. Silva. Não foram eles. Eles estavam sob ordens. Saíram do banco sob ordem do Major Pessoa e se dirigiram ao quinto batalhão. Chegando lá, foi solicitado pelos comandantes que tirassem o dinheiro da viatura e foi transferido” falou a defesa.
Os dois PM’s foram denunciados pela prática de peculato, um crime que é próprio do agente público, quando ele se apropria de algo que está em seu poder. O Banco do Nordeste informou que acompanha o caso e defende a punição dos responsáveis e quer o dinheiro de volta.
“Queremos saber sobre a punição dos culpados porque é isso que se espera, não somente o banco, mas como toda a sociedade e resguardar os interesses do banco diante da possível recuperação do dinheiro que foi furtado” disse Diogo Elvas, advogado do banco.
TERESINA