Convenção fluminense do PMDB para oficializar a candidatura de Pezão ao governo do Rio
Imagem: O GloboConvenção fluminense do PMDB para oficializar a candidatura de Pezão ao governo do Rio
O PMDB fluminense promoveu nesta quinta-feira a convenção que oficializou o nome do governador Luiz Fernando Pezão como candidato à reeleição. O evento aconteceu na quadra da escola de samba São Clemente, no Centro do Rio, lotada de correligionários. Os primeiros a discursar no evento exaltaram Pezão e, ao final, mandaram o recado de que votarão no presidenciável Aécio Neves (PSDB). A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT e aliada nacional do PMDB, não foi lembrada no evento.
Pezão chegou à convenção acompanhado do ex-governador Sérgio Cabral, do prefeito do Rio, Eduardo Paes, e do candidato a vice na chapa, Felipe Peixoto (PDT). Paes começou o discurso pedindo palmas para Cabral. Disse que o PMDB não estaria dividido na campanha:
- Esse time aqui está unidos e não vai se dividir jamais, para eleger Pezão.
Cabral também deu seu recado, depois de exaltar Pezão e sua amizade de 30 anos com o atual governador:
- Não podemos entregar sete anos e meio de governo para nossos adversários que não têm credibilidade nenhuma para governar o Rio de Janeiro.
No fim da convenção, o ex-governador, assim como Paes, exaltou a união do PMDB:
- Vamos chegar fortes e unidos.
Pezão encerrou a convenção e fez promessas, como a de levar UPPs a todas as comunidades e internet de banda larga para todo o estado. Em uma parte do discurso criticou o senador Lindbergh Farias, pré-candidato do PT ao Palácio Guanabara, sem citar o nome dele. Lindbergh percorre os municípios do Rio com a chamada caravana da cidadania.
- Não preciso fazer caravana para conhecer o estado porque eu conheço cada cantinho desse estado. Não vou só na época de eleição - afirmou Pezão.
Quem também esteve no evento foi o Pastor Everaldo (PSC), candidato à Presidência da República. Em discurso, ele lançou o "Evezão", uma tentativa de que os presentes votassem Everaldo e Pezão. Candidato ao Senado pela chapa, Cesar Maia (DEM), não esteve na convenção.
Um dos que fez a defesa mais veemente de Aécio foi o deputado federal Leonardo Picciani:
— Vamos respeitar os companheiros que escolham outros caminhos para presidente. Eu vou escolher o caminho da mudança. Por onde passou, Aécio deixou a marca da eficiência. Então, a nossa chapa é Aécio, é Pezão — disse o filho de Jorge Picciani, que encabeça o movimento “Aezão” no Rio.
O prefeito de Queimados, Max Lemos, declarou que o nome de Pezão é o melhor por dar continuidade aquilo que deu certo. Para finalizar, disse que votaria na chapa “Aezão” — Aécio Neves para presidente e Pezão para governador.
— Eu já fiz minha opção. Vamos respeitar. Vou com Aécio e com Pezão — afirmou Max.
Será em Queimados, no dia 3 de julho, o primeiro evento planejado pelo PMDB para Aécio na Baixada Fluminense. Os peemedebistas se uniram ao PSDB de Aécio depois de ficarem irritados com o lançamento da candidatura do senador Lindbergh Farias (PT) ao Palácio Guanarabara.
O deputado estadual Bernardo Rossi também afirmou que trabalhará pela chapa “Aezão“:
— Eu sou Aécio para presidente e Pezão para governador.
Outros prefeitos, como os de Mesquita, Bom Jesus do Itabapoana e Comendador Levy Gasparian discursaram, mas preferiram não falar em quem votarão para presidente. Já o prefeito de Teresópolis, Arlei Rosa, tentou puxar um coro de “Aezão”, mas não foi seguido pela plateia.
Ao fundo do palco, um banner com a foto de Pezão e do indicado do PDT para a vice, Felipe Peixoto. Há ainda um slogan: “A mudança só começou”.
Apesar dos discursos em favor de Aécio, não há placas em favor dele. Há uma faixa lembrando que o senador na chapa é Cesar Maia (DEM).