Quatro acusados pela morte do empresário Epaminond
A segunda parte da audiência de instrução dos suspeitos de envolvimento na morte de Epaminondas Feitosa, que teve início nessa sexta-feira (1º), terminou somente às 4h deste sábado (2) no Fórum Helvídio Nunes de Barros na cidade de Picos, a 310 km ao Sul de Teresina. Mais de 12 testemunhas de defesa e os quatro apontados como responsáveis pelo assassinato, inclusive a viúva do empresário, foram ouvidos pela juíza Nilcimar Rodrigues de Araújo Carvalho.
Tiago Osório Calvacante, acusado de ser o agenciador, foi o primeiro a depor por volta das 20h. Ele novamente negou participação e disse não conhecer a viúva Antônia de Sousa Andrade, apontada pela polícia de ser a mandante do crime.
Em seguida a juíza ouviu os dois pistoleiros, Rinaldo José do Nascimento e José Manoel dos Santos Matos, que confessaram ser os executores do empresário e relataram detalhes do crime. Segundo eles, Tiago Osório combinou o pagamento de R$ 8 mil pela morte de Epaminondas e que no dia do assassinato (8 de junho) foi pago metade do valor.
"Até a arma quem entregou foi o Tiago, junto com o dinheiro. Nós ficamos acompanhando durante todo o dia o empresário e a intenção era matá-lo na rua, mas acabamos perdendo ele de vista e então fomos para frente da casa dele e o aguardamos chegar, então efetuamos os disparos", relataram os pistoleiros.
Ainda na audiência, os acusados negaram conhecer a ex-mulher de Epaminondas e a sua participação no homicídio. Em depoimento anterior ao delegado da cidade, eles afirmaram que Antônia de Sousa Andrade era a mandante do crime. A última a ser ouvida foi a viúva do empresário, que novamente negou envolvimento e disse não conhecer os outros acusados.
Após colher os depoimentos, a juíza titular da 5ª Vara da Comarca de Picos pediu o prazo de 30 dias para avaliar se condena os réus ou os encaminhará a júri popular. Além disso, ela revelou que mais duas testemunhas serão ainda ouvidas. O advogado de Antônia de Sousa, Herval Pinheiro, declarou que agora está claro a não participação da sua cliente, pois todos os outros acusados negaram conhecê-la.
A audiência teve início no dia 25 de outubro, mas foi suspensa por determinação da juíza Nilcimar Rodrigues sob a alegação de que todos estavam sem condições físicas e psicológicas para prosseguir. Após sete dias ela foi retomada.