Promotor de Justiça do MP-PI, Sinobilino Pinheiro
Uma piauiense denunciou o médium João de Deus por abuso sexual durante tratamento espiritual, informou o Ministério Público de Goiás (MP-GO). O registro integra as 506 denúncias de mulheres que dizem ter sido abusadas pelo líder espírita em Abadiânia. A vítima será acompanhada pelo MP do Piauí.
O promotor Sinobilino Pinheiro informou ao G1 que teve conhecimento da denúncia nesta segunda-feira (17). "Estou tentando contato com o MP de Goiás para que eles me passem as informações e a gente possa colher o depoimento", afirmou.
A denúncia teria sido feita diretamente ao canal do MP de Goiás. "Vamos acionar o Núcleo de Promotorias de Justiça de Defesa da Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar (NUPEVID) para auxiliar a vítima no que precisar e para que colha seu depoimento”, explicou o promotor Sinobilino Pinheiro.
Segundo o promotor, o depoimento será remetido a Goiás, onde estão sendo realizadas as apurações. "O MP-PI vai dar o auxilio necessário que a vítima precisar, como ajuda psicológica. Vai ser uma abordagem individualizada através do NUPEVID, que já tem expertise para fazer isso”, informou Sinobilino Pinheiro.
O promotor frisou que o canal de denúncias do MP-PI continua aberto. “Ainda não houve denúncias por ele, mas ele está disponível”, ressaltou Sinobilino Pinheiro.
João de Deus está preso desde domingo, quando se entregou à polícia. Sua prisão foi decretada na sexta-feira (14) a pedido da Polícia Civil e do Ministério Público Estadual de Goiás (MP-GO).
O médium prestou depoimento na noite de domingo, durante três horas e afirmou à Polícia Civil que, antes de as denúncias chegarem a conhecimento público, ele foi ameaçado por um homem, por meio de uma ligação de celular. Além disso, negou os crimes.
ABADIÂNIA