Publicada em 14 de Novembro de 2012 �s 15h17
Lançamento do Prêmio AMB de Jornalismo (Foto:Kalberto Rodrigues/PK)
A nona edição do Prêmio AMB de Jornalismo promovido pela Associação dos Magistrados Brasileiros foi lançado nesta quarta-feira (14) no Palácio de Karnak. Esta foi a primeira vez que o lançamento acontece fora da sede da entidade que fica em Brasília. O fato inédito se deve à homenagem prestada ao centenário de nascimento do piauiense Evandro Lins e Silva, jurista e jornalista com reconhecimento nacional.
Durante o lançamento do IX Premio AMB de Jornalismo também foi entregue a Comenda da Ordem Estadual do Mérito Renascença ao presidente da entidade, o desembargador Henrique Nelson Calandra.
A entrega da comenda foi realizada pelo secretário de Governo, Wilson Brandão, que representou no evento o governador Wilson Martins, que cumpre agenda na capital federal. “O governador pediu que, além de representá-lo, dissesse da importância desses dois momentos para ele que é um entusiasta da valorização dos jornalistas e admirador do magistrado brasileiro. Trago a palavra do governador parabenizando o trabalho de Calandra à frente da AMB e de todos os magistrados brasileiros”, declarou o secretário de Governo.
O desembargador Calandra se disse contente em poder compartilhar a honraria mais elevada do Estado do Piauí com todos os brasileiros e declarou que não foi à toa que a AMB trouxe o lançamento do prêmio ao Piauí. “Evandro sintetizou para nós, como jornalista e como advogado, a imagem de alguém que defendia e que lutou com toda sua alma pela liberdade. Ele era um exemplo para o povo brasileiro, e esse exemplo veio aqui de Parnaíba, no Piauí. Foi meu colega, sempre atuando de modo muito profundo, prudente e com muita sabedoria, desde o tempo em que éramos apenas alunos da faculdade de Direito e achávamos que, escrevendo uma folha de jornal, estávamos fazendo uma revolução”.
Muito emocionado, Lucas Lins e Silva, neto do homenageado que representou toda família, ressaltou a humildade e generosidade de seu avô e disse que ele faz muita falta. “Essa falta não se restringe ao seio familiar, quando nos reuníamos aos domingos ou em ocasiões especiais, mas ele faz muita falta no seio da nação. Como gostaria que ele estivesse aqui para esse momento tão importante para a Justiça brasileira, com tantos julgamentos históricos. Essa homenagem é muito pertinente, pois o prêmio casa exatamente dois trabalhos importantes de meu avô, o de magistrado e o de jornalista. Gostaria muito de agradecer essa homenagem da AMB e do Governo do Estado”.
Prêmio AMB de jornalismo O prêmio é uma iniciativa da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e tem como objetivo o reconhecimento de iniciativas no jornalismo brasileiro que contribuam para visibilizar o trabalho do Judiciário e fomentem a valorização da Magistratura, com destaque para sua função social.
Este ano o premio trouxe como novidade uma categoria só para as Assessorias dos Tribunais. Ao todo são nove categorias: Mídia Impressa, Telejornalismo, Radiojornalismo, Webjornalismo, Mídia Regional, Assessoria de Tribunais, Especial Patrícia Acioli - Combate ao Crime Organizado e Segurança de Magistrados e dos Fóruns e Fotojornalismo.
Nesta edição de 2012, como prêmio, será distribuído um total de 18 passagens aéreas e 18 hospedagens (vencedor e acompanhante) para destinos nacionais e internacionais. As inscrições deverão ser feitas de 14 de novembro de 2012 a 30 de dezembro de 2012. A ficha de inscrição estará disponível pelo site www.amb.com.br/premio.
O homenageado Natural de Parnaíba, Evandro Lins e Silva é considerado um dos mais importantes juristas do Brasil. Com uma vida pública de destaque nacional, Evandro Lins foi ministro das Relações Exteriores e do Supremo Tribunal Federal em 1963. Sua biografia inclui ainda uma cadeira na Academia Brasileira de Letras (ABL), sendo o quinto ocupante da cadeira número 1, que pertenceu a Luís Morton Barreto Murat, um dos fundadores da ABL.
Antes de se tornar jurista reconhecido, Evandro Lins trabalhou como jornalista, profissão com a qual custeou os estudos na faculdade de Direito. Como advogado, especializou-se em Direito Penal, com uma atuação que lhe rendeu, em 1999, o título de “Criminalista do Século”, oferecido pela Associação dos Advogados Criminalistas do Estado de São Paulo (ACRIMESP).
Morreu em novembro de 2002, aos 90 anos. Apesar da idade avançada, exerceu a advocacia até a data do seu falecimento. Dias antes de morrer, ainda tomou posse como Conselheiro da República.
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