Publicada em 01 de Outubro de 2013 �s 13h25
Na contramão do que foi registrado em todo o país, o Piauí comemora. Isso porque dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) divulgados, nesta última sexta-feira (27), apontam uma leve alta na taxa de analfabetismo no Brasil, passando de 8,4% para 8,5% em 2012.
No Estado, no entanto, a situação é diferente. Segundo a pesquisa anual, em dez anos houve redução do analfabetismo de 10,75% da população piauiense, acima dos 5 anos de idade. Durante esta década, o índice de pessoas com 15 anos ou mais de estudo (com graduação, mestrado, doutorado e pós) passou de 2,22% para 4,84%.
“Podemos creditar essa redução a várias ações da Secretaria da Educação. O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic) é uma delas. Este é um programa de nível nacional, nascido do programa estadual Palavra de Criança em parceria com o Unicef que já trabalhava pela alfabetização na idade certa em 150 municípios do Piauí”, explica o secretário da Educação, Átila Lira.
Segundo o secretário, o Pnaic teve 100% de adesão no Estado, mostrando o comprometimento do governador Wilson Martins, dos prefeitos e das instituições parceiras em mudar a realidade da educação começando por sua base.
Com relação à redução de 24,8% de 2003 para 17,97% em 2012 de pessoas de 10 anos ou mais de idade, a diretora da Educação de Jovens e Adultos da Secretaria de Estado da Educação e Cultura (Seduc), Rosimar Costa, fala de mais um investimento do Governo do Estado.
De acordo com ela, o Governo do Estado vem trabalhando desde 2012 para que o Programa Mais Viver - Alfabetização de Jovens e Adultos atenda cerca de 6 mil pessoas, ampliando as oportunidades educacionais dos trabalhadores por meio da formação inicial e continuada, através da implantação de 300 turmas de alfabetização nos municípios.
O número aumentou e, desde o mês de agosto, o Piauí já possui 307 turmas. “A ideia é que o município inteiro abrace o projeto e ajude a diminuir o analfabetismo entre jovens e adultos, que por várias razões não foram alfabetizadas na idade certa”, explica a diretora da Unidade de Educação de Jovens e Adultos da Secretaria Estadual da Educação (Seduc), Rosimar Costa.
Em outubro será realizado o primeiro monitoramento e, após o resultado da pesquisa, as expectativas são as mais positivas. “Vamos agora verificar o processo de evolução das turmas. Após quatro meses de aulas teóricas eles participarão de cursos de Formação Inicial Continuada (FIC), oferecidos pelo Pronatec. Agora é esperar por uma redução bem maior na próxima pesquisa”, afirma.