Foi inagurada nesta quinta-feira (10) a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, ao lado do Parque Potycabana, na Zona Leste de Teresina. Além de combater os crimes contra os animais, a delegacia pretende coibir ações de desmatamento, poluição e poluição sonora, englobando as ações da delegacia do silêncio. A unidade contará com uma delegada, quatro agentes e um escrivão.
Segundo a delegada Bruna Verena, que será coordenadora da unidade, a delegacia vem suprir a necessidade de investigação de crimes ambientais e auxiliar na proteção atmosférica e sonora. "Vamos atuar em todos os crimes contra o meio ambiente e o papel é prestar à população mais um serviço de proteção. É um marco histórico para o estado, pois somos a primeira delegacia a tratar desse tema no Piauí", disse.
Delegada Bruna Verena será a titular da Delegacia de Meio Ambiente (Foto: Júnior Feitosa/G1 PI)
Para os ativistas de proteção ao meio ambiente, a criação da delegacia é uma grande conquista, porque nos outros distritos nem sempre há uma atenção para o assunto, tendo em vista a falta de preparo dos profissionais.
"Estávamos precisando dessa delegacia especializada, pois muitos crimes ficavam impunes. Agora, com esse ponto centralizado e específico, vai ser um contribuição para o combate à violência contra animais e o ambiente", disse Daniela Ramos, presidente da Associação Piauiense de Proteção e Amor aos Animais (Apipa).
O secretário estadual de segurança, Fábio Abreu, explicou que a unidade receberá com o passar do tempo mais policiais provenientes da Delegacia do Silêncio e alguns policiais militares que dão suporte ao meio ambiente.
"É um projeto que estamos iniciando e vamos precisar do apoio da população para melhorá-lo. Todas as estruturas da segurança ligadas ao meio ambiente estarão unificadas e acredito que vamos atender de forma eficaz tanto ocorrências ligadas ao ambiente quanto as relacionadas à perturbação pública", ressaltou o secretário.
Durante a inauguração, governador Wellington Dias destacou a necessidade de existir na estrutura de investigação, uma área que pudesse cuidar de forma competente de crimes ambientais que preocupam o Piauí.
"Os produtores ligados à terra já são, por lei, obrigados a cumprir regras. Mas existem aquelas que invadem terras públicas, realizam desmatamento, incêndios, matam animais e destroem áreas de produções privadas. Nesses casos precisa-se de alguém que conheça muito a legislação, para que essas pessoas não sejam absolvidas sem punição. Há a necessidade de evitar maus tratos aos animais e essa área especializada vai garantir a proteção deles, além da flora", destacou.