O número de cidades que decretaram estado de emergência bateu recorde no Brasil no ano passado. O Piauí foi o segundo estado do país com o maior número de municípios nessa situação por causa da seca.
Dados da Secretaria Nacional de Defesa Civil confirmam que em 2013 o governo federal reconheceu a situação de emergência ou calamidade em 3.747 municípios brasileiros uma média de 10 decretos reconhecidos por dia e o Piauí ficou em segundo em número de reconhecimentos, foram 612 no ano passado, perdendo apenas para a Bahia, com 680 decretos.
No ano passado, 212 dos 224 cidades do Piauí entraram em situação de emergência por causa da seca. Segundo a Defesa Civil Estatual, os decretos são um meio rápido para conseguir ajuda rápida do governo federal, sendo a primeiro delas através de caminhões-pipa.
“Todas as benfeitorias de combate a seca só poderão ser implantadas nesses municípios se estiverem com decreto regular de situação de emergência “, cotou Jerry Barbosa, diretor da Defesa Civil.
O reconhecimento dos decretos de situação de emergência enche o sertanejo de esperança de que o socorro não vai demorar, mas de acordo com a Defesa Civil estadual, nem sempre é assim.
“Vários municípios que sofrem com os efeitos da estiagem ficam distantes dos locais de capitação de água potável. Em um município onde o reservatório de água é mais perto da cidade são cerca de cinco carradas de água por dia, mas em outros lugares mais distantes será abastecido somente uma vez”, contou Jerry.
O cientista político Francisco Mesquita, tem uma visão diferente do socorro aos flagelados da seca. Para ele falta Planejamento e sobram interesses políticos para agir. “O poder público não tem feito nenhum uso da tecnologia e também do conhecimento cientifico para estabelecer um plano de ação antecipado. Já era para o Nordeste ter um órgão que cuidasse somente da seca nesses lugares”, afirmou o especialista.