Publicada em 27 de Abril de 2016 �s 08h23
Em contato sistemático com empresários e gestores do Brasil e de outros países, a vice-governadora Margarete Coelho conduziu, nessa terça-feira (26), em Brasília, reunião com o líder da Unidade de Comércio e Investimentos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Fabrizio Opertti; com o especialista em Integração e Comércio do BID, Guilherme Piereck; e gestores do Governo do Piauí. O encontro teve a finalidade de apresentar e discutir a captação de investimento globalizada e sustentável com foco na infraestrutura de rodovias para alavancar o desenvolvimento da exportação no estado.
Durante a reunião, a vice-governadora pontuou as potencialidades do Piauí e os avanços do governo na legislação fiscal e a política de incentivos. “Tratamos da necessidade da melhoria da infraestrutura por meio da conclusão de rodovias como a Transcerrado; o Porto de Luís Correia; hidrovia e ferrovia, para a elaboração de uma carta consulta com atração de investimento completo. Nós encontramos respaldo na experiência internacional, rica em exemplos bem sucedidos, que tornaram viáveis alguns empreendimentos”, informou Margarete.
De acordo com ela, o governador Wellington Dias sugeriu que a operação junto ao BID tivesse como base a gestão de recursos hídricos e infraestrutura para o desenvolvimento. “As ideias foram recepcionadas de forma positiva e o banco ficou de analisar e responder o mais rápido possível. O Piauí, além de produtor de grãos, é conhecido por ter o terceiro maior lençol freático do Brasil e por possuir uma grande quantidade de água em superfície", ressaltou a vice-governadora.
"O governador pediu que nós acrescentássemos esses dois tópicos na parte da infraestrutura, que seria a hidrovia na questão do porto e da conclusão da Transcerrado, interligando as cidades produtoras", informou Margarete.
De acordo com o superintendente de Cooperação Técnico Financeira da Secretaria de Estado do Planejamento, Sérgio Miranda, a reunião coordenada pela vice-governadora com o Banco Interamericano de Desenvolvimento foi extremamente importante para que o governo reposicionasse o banco em torno das demandas do estado.
“A coordenação da vice-governadora é relevante e antecipa vários outros eixos focados na questão do desenvolvimento do Piauí. O problema do desenvolvimento do estado é multissetorial, a atração de investimentos é importantíssima. Mas nós temos uma visão clara hoje de que não podemos atrair investimentos sem superar alguns problemas de infraestrutura que ainda vivemos”, destacou Miranda. Ele acrescenta que a lógica da infraestrutura está ligada à ampliação e fixação de novos investimentos produtivos no estado. “Com isso, eleva o PIB, cria mais empregos e renda”.
A partir desses entendimentos prévios entre o Governo do Estado e o BID, será elaborada uma carta consulta com a necessidade do desenvolvimento do estado para captação de investimentos. A carta deverá ser encaminhada para a Comissão de Financiamento Externo (Cofiex), que é o órgão colegiado do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, que identifica, examina e avalia as solicitações de financiamento externo.
No entanto, os detalhes quanto aos índices a serem dispostos pelo BID ainda não foram citados. O líder da Unidade de Comércio e Investimentos do Banco, Fabrizio Opertti, e especialista em Integração e Comércio, Guilherme Piereck, explicaram que a prospecção entre o BID e o Estado é uma prioridade. Porém, passa por análise com uma lógica da promoção de investimento que transpassa por infraestrutura, competitividade e burocracia.
Também participaram do encontro Rodrigo Han, consultor econômico e financeiro do BID; José de Arimatéia, consultor do BID; Nerinho, secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e Tecnológico; Raimundo Castro, assessor técnico da Sedet; Ted Wilson, presidente da Porto PI; e Sérgio Miranda, superintendente de Planejamento Estratégico da Secretaria de Planejamento.