O Corpo de Bombeiros do litoral piauiense informou que está com equipes nas praias orientando moradores e turistas sobre o risco de ataques de tubarões. Os animais foram vistos na última semana e, neste domingo (6), biólogos confirmaram aos bombeiros a presença de um grupo de tubarões na praia do Coqueiro, na cidade de Luís Correia. Eles já tinham sido filmados na praia de Atalaia, na mesma cidade.
A Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semar) emitiu uma nota confirmando a presença de cinco tubarões juvenis no litoral piauiense e orientando os turistas a não entrar na água. A Secretaria Estadual de Turismo (Setur) também se posicionou sobre o caso. Leia as notas abaixo na reportagem.
‘Fim de semana de férias’
De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros de Parnaíba, major Rivelino Moura, equipes estão nas praias orientando os banhistas. Contudo, o militar informou que a lotação está como a de um fim de semana normal das férias de julho, quando há uma grande movimentação no litoral. A pandemia do novo coronavírus, segundo ele, não inibiu os turistas.
“Está bem cheio, as praias lotadas. O que estamos tentando fazer é orientar, pedir que as pessoas evitem entrar na água e se entrarem que não deixem a água passar da altura da cintura. Antes de entrar, é bom sempre olhar bem o mar para se certificar de que eles não estão na água”, disse.
Segundo o comandante, os bombeiros tiveram a confirmação por parte de biólogos a respeito da presença dos animais.
Pandemia afastou banhistas e atraiu os animais
De acordo com a doutora em biologia Geórgia Aragão, os animais são tubarões de uma espécie ainda não identificada. São animais jovens e estão tão próximos à areia – situação incomum no litoral piauiense – por conta da ausência de banhistas nas praias nos últimos meses, devido à pandemia do novo coronavírus.
“O contato visual é tímido, mas tem a presença. Desde 2015 a gente tem registro de pesca de tubarões no Coqueiro, em Carnaubinha. Só que nunca tinha sido filmado tão perto. Estamos passando por condições ambientais diferenciadas, não tinha pessoas na água. Com poucos banhistas, o número de animais que se aproximam da costa, até para buscar alimento, acaba aumentando. Então não tinha gente na água, eles estavam no ambiente deles, sem interação que tirasse eles”, explicou.