Dados da Secretaria de Segurança Pública do Piauí mostram que nos seis primeiros meses de 2016 foram relatados o desaparecimento de 87 crianças e adolescentes em todo o estado. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (19) pelo Conselho Regional de Medicina (CRM), que realiza campanhas para o resgate desses desaparecidos.
Sobre o dado, a secretaria de segurança esclareceu que o relatório não permite a atualização dos casos de pessoas desaparecidas que vieram a ser encontradas. Ou seja, quando um desaparecido é localizado, o registro original não sofre atualização, permanecendo no banco de dados da SSP Piauí.
O relatório, de responsabilidade do Núcleo de Estatística e Análise Criminal – Nuceac da SSP do Piauí, aponta que no ano de 2015, foram registrados 102 menores desaparecidos na capital Teresina, sendo 20 do sexo masculino e 82 do sexo feminino; em outros municípios (interior) foram registrados 77 menores desaparecidos, sendo 18 do sexo masculino e 59 do sexo feminino, o que demonstra que os desaparecimentos de crianças e adolescentes do sexo feminino é muito superior em relação ao sexo masculino.
Neste ano, o Nuceac informou ao CRM-PI que somente na capital Teresina já foram registrados em boletins de ocorrência 54 menores desaparecidos, sendo 12 do sexo masculino e 42 do feminino. No interior do Estado, já há registros de 33 desaparecidos, sendo 7 do sexo masculino e 26 do sexo feminino e os municípios onde mais há desaparecidos são Parnaíba, com 9 ocorrências, seguido de Floriano, com cinco.
“Precisamos continuar vigilantes. A campanha do CFM e do CRM Piauí é permanente. A gente pede que as pessoas denunciem e ajudem as autoridades. No caso dos profissionais de saúde, o pedido é que eles observem os comportamentos das crianças e dos seus acompanhantes durante os atendimentos médicos e em caso de suspeitas denunciem. As informações prestadas, certamente, serão mantidas em sigilo, mas servirão de parâmetro para que, com as investigações, mais casos sejam solucionados, no sentido de se reduzir essas tristes estatísticas”, disse a conselheira e 1ª Secretária do CRM-PI, Dra. Mírian Palha Dias Parente.