A Polícia Federal deflagrou a Operação Cherut e prendeu três pessoas suspeitas de participar de um grupo que teria extorquido um gerente de uma agência da Caixa em Teresina, através de ameaças, para obrigá-lo a aprovar créditos fraudulentos a dezenas de empresas. Segundo a PF, um candidato a vereador de Teresina também é investigado por participar do esquema.
A PF informou que foram identificados operações de crédito com fraude em 35 empresas. Mas há outros casos em investigação, e o número total se aproxima de cem empresas. Até o momento, o prejuízo passa dos R$ 3 milhões, mas os investigadores acreditam que o valor total deve ultrapassar os R$ 10 milhões.
Os chefes do grupo criminoso continuam foragidos. Até o momento, foram presas três pessoas:
Uma mulher, presa em flagrante ao tentar fazer um pedido de crédito na agência usando documentos de uma empresa real, mas com dados contábeis falsificados. A prisão aconteceu em Teresina, no dia 9 de setembro.
Um casal, preso em São Paulo nesta quarta-feira (11), suspeito de se aproximar do gerente e conseguir informações sobre ele e sua família. As informações foram usadas para fazer ameaças.
A investigação começou no dia 5 de setembro, por uma denúncia feita pela inteligência da Caixa, que identificou um número elevado de fraudes envolvendo a liberação de empréstimos. Os criminosos cooptavam "laranjas" para criar empresas de fachada e, sob ameaças, forçavam o gerente a liberar empréstimos para essas empresas.
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Segundo o delegado Marco Antônio Nunes, da PF, os líderes do grupo são pessoas que vivem no Piauí. Além dos mandados de prisão, a polícia também cumpriu dois mandados de busca e apreensão em São Paulo e um em Teresina - este último na casa do candidato a vereador.
Os investigados podem ser responsabilizados, além do crime de extorsão, por falsificação de documentos, estelionato, e outros que venham a ser identificados no decorrer da investigação policial.