A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (6), uma operação para desarticular uma quadrilha especializada em fraudes contra o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Segundo a investigação, o grupo causou cerca de R$ 2,3 milhões em prejuízos aos cofres da Previdência Social. Cerca de 60 policiais cumprem 22 mandados judiciais em Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso e Piauí.
Do total de mandados, expedidos pela 11ª Vara Federal da Seção Judiciária em Goiás, 12 são de prisão, dois de condução coercitiva e oito de busca e apreensão.
De acordo com a PF, a Operação Imperador é resultado de três anos de investigações. Os trabalhos são realizados em parceria com a Assessoria de Pesquisa Estratégica da Previdência, sendo que seis servidores do órgão acompanham os policiais federais.
O esquema começou a ser descoberto quando recebimentos irregulares de benefícios assistenciais foram identificados em diferentes estados do país. Para cometer as fraudes, os suspeitos apresentavam documentos falsos, como registros de nascimentos e identidades, originários dos estados do Piauí e Maranhão.
Segundo a PF, os documentos falsos eram protocolados em agências do INSS em Goiás e Distrito Federal, onde obtinham a concessão dos benefícios.
A corporação diz que, além dos prejuízos já registrados, a operação evitou o rombo de mais de R$ 9,3 milhões, que seriam recebidos pela quadrilha se as fraudes não fossem descobertas, isso considerando a expectativa de vida dos falsos segurados.
As diligências identificaram, ainda, que os investigados também atuavam em fraudes para obtenção de seguro desemprego, a partir da inserção de vínculos laborais fictícios.
A PF deve conceder uma entrevista coletiva na sede da corporação em Goiânia, na manhã desta quinta-feira, para dar outros detalhes sobre a operação.