Um dia após o enterro do marido Eduardo Campos, a viúva Renata Campos pretende dar um recado às lideranças do PSB e partidos aliados que compõem a chama Frente Popular de Pernambuco. O encontro está marcado para as 10h desta segunda-feira (18), num casa de eventos da capital pernambucana.
Segundo fontes ouvidas pelo portal UOL, o recado tem como meta manter a frente com os mesmos ideais de Campos, e assim espantar um possível clima de frustração pela perda do principal líder. saiba mais Sem agenda oficial, Dilma grava programa eleitoral no Alvorada Com Marina, programa de TV do PSB terá homenagem a Campos e vítimas do acidente Especialistas dos EUA vão investigar acidente com jato que matou Campos Saúde é a pior área do governo local nas 8 pesquisas estaduais do Datafolha Marina dá aval para que PSB consulte dirigentes sobre sua candidatura à Presidência Leia mais sobre Eleições 2014
"Renata deverá dar um recado que o desejo de Eduardo é que a luta dele prossiga", disse o irmão de Eduardo, Antonio Campos.
Um dos principais motivos para levantar o ânimo é tentar reverter o cenário desfavorável do candidato ao governo do Estado de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB).
Pesquisa Datafolha divulgada na sexta-feira (15) apontou Armando Monteiro (PTB) com 47% e Câmara com apenas 13%.
Nesse dias, Paulo Câmara não concedeu entrevistas. Chegou-se até a se especular que o nome dele poderia ser substituído, mas pessoas mais ligadas a Campos descartam a ideia, o que deve ser ratificado por Renata.
"Não tem clima para conversar nada de política. Não é hipocrisia, estão todos muito abalados", disse um assessor próximo ao candidato, um dia após o acidente.
Amigo da família, Câmara viajou a São Paulo para ajudar nos trâmites da liberação do corpo. Voltou no sábado à noite, junto com o caixão, e manteve-se recluso durante todo o velório e enterro, sem conceder entrevistas.
Durante o velório e enterro, o UOL ouviu vários políticos pernambucano e assessores. Ninguém se arriscou a dizer como ficará o cenário com a morte de Campos. Todos, porém, disseram que a comoção pode alterar tudo, com impacto ainda é imprevisível.
Em meio às dúvidas que pairam, o irmão de Campos disse que a família Arraes não vai deixar a política, e afirmou esperar ver Renata e o filho mais velho, João, tomarem à frente dos próximos passos.
"Estou torcendo para que meu sobrinho João e Renata tenham mais protagonismo. Terei minha colaboração. A família sempre participou com ele, como participou com o meu avô. O tempo vai conduzir", afirmou.