Eles já foram premiados por desenvolver aparelhos eletrônicos que ajudam pessoas com deficiência visual. Agora, um grupo de pesquisadores formado por alunos das universidades públicas do Piauí está adaptando um jogo que ajudará os alunos da rede pública de ensino a aprender lógica nas primeiras séries do ensino fundamental. De acordo com o professor Marcelino Almeida, o protótipo desenvolvido em solo piauiense é uma adaptação do original que foi criado por pesquisadores no Reino Unido e quando estiver concluído, irá auxiliar os professores no ensino de noções de direita, esquerda e ir para frente.
“Nós tivemos acesso a este aparelho através da licença creative commons que são regras que permitem aos estudiosos a disponibilizarem suas pesquisas na internet. E quando vimos este mecanismo decidimos desenvolver aqui para que alunos da rede pública tenham facilidade em aprender lógica nas primeiras séries do ensino fundamental”, comentou.
O objetivo do jogo é guiar um robô ao seu destino, criando sequências de instruções. A criança coloca no tabuleiro a peça que indica siga frente, dobre à esquerda ou direita, em seguida o robô segue os comandos que foram estabelecidos.
“Através desses algoritmos simples, as crianças aprendem os fundamentos lógicos de programação que são necessários para codificação mais avançada que será ensinada futuramente. Além disso, ajudará os professores a repassar orientações simples aos estudantes do ensino fundamental”, relatou o professor.
Marcelino revelou que o jogo criado pelos pesquisadores do Reino Unido deverá ser colocado no mercado em agosto deste ano. E o protótipo piauiense deverá ser disponibilizado para as escolas públicas em seguida.
Premiações
O grupo de pesquisadores denominado de Labiras foi premiado duas vezes ao participar da Mostra Nacional de Robótica. A primeira premiação aconteceu em 2012, na época eles criaram uma luva ultrassônica, um equipamento que durante o seu deslocamento informa quando ele se aproxima de algum obstáculo, podendo assim desviar e continuar a se locomover.
Já em 2013, o reconhecimento veio pelo projeto denominado de bengala mecânica para deficientes visuais, que, através de um sensor, capta a aproximação de obstáculos de diversas alturas e envia ao usuário um aviso sonoro ou vibratório.