Publicada em 21 de Março de 2016 �s 15h02
O professor Firmino José Vieira Barbosa, do curso de Agronomia da Universidade Estadual do Piauí, obteve uma significante conquista para a instituição e em específico, para o curso de Agronomia da IES. O pedido de depósito de patente intitulado “Bioprocesso de Caracterização, Manejo, Produção, Conservação e Multiplicação de Ecótipos de Galinhas Naturalizadas (caipiras e/ou de capoeira)”, apresentado pelo docente ao Instituto Nacional de Produção Industrial (INPI) ainda no ano de 2011, foi aprovado recentemente. A aceitação aconteceu no mês de janeiro deste ano.
Com a homologação da patente, o reconhecimento das aves (caipira) deve passar por um processo de caracterização a ser feito pelo Núcleo de Conservação de Galinhas Naturalizadas do Meio Norte (Nugan-MN), projeto executado por alunos e professores do curso de Agronomia da Uespi e coordenado por Firmino. Com a homologação, pesquisadores responsáveis pela pesquisa na Uespi serão legalmente habilitados a conduzir a investigação científica das espécimes Galius galius domesticus, conhecidas como “galinhas caipiras” e dela receber dividendos – partilhados com o Nitec/UFPI, que deu suporte institucional ao invento.
A caracterização consiste em identificar a origem, genética, morfometria (identificação de populações de organismos vivos, que podem assumir formas ou tamanhos diferentes conforme o ambiente em que se desenvolveram) dentre outros aspectos para que se possa conceder o reconhecimento. “A partir de agora toda galinha para ser reconhecida como caipira tem que passar por esse processo e os únicos oficialmente habilitados para trabalhar com a galinha caipira somos nós da Universidade Estadual do Piauí”, explicou Firmino José.
Para o diretor do Núcleo de Inovação tecnológica da Uespi, Carlos Giovanni essa é mais uma conquista de um pesquisador da Uespi e acrescenta que outras pesquisas poderão receber patentes pela própria IES, com a criação do núcleo em 2014. “A Uespi parabeniza o docente e com essa patente resguarda a invenção do autor, além do prestígio da Uespi na prestação de serviço à sociedade”, destacou o docente. O NIT é o responsável por patentear e assegurar a produção intelectual de obras científicas, literárias, artísticas entre outras, de projetos desenvolvidos tanto por docentes da universidade como de outras instituições.
Cópia da homologação da patente. A aprovação da proposta de patente foi publicada dia 26 de janeiro do presente ano.
Geração de royalties A Lei de Patentes, aprovada pelo Congresso Nacional em 1997, assegura propriedade ao autor da proposta por tempo determinado. Portanto, durante determinado período o Nugan/Uespi poderá angariar royalties (valor cobrado pelo proprietário de uma patente de produto, processo de produção, marca, etc, ou pelo dono de uma obra, para autorizar seu uso ou comercialização) que fomentarão o desenvolvimento de novas pesquisas e novas tecnologias para a Uespi, como reitera Firmino. “Sempre estamos buscando produzir novas pesquisas que incrementam a nossa produção e essa conquista viabilizará a aquisição de Royalties para a aquisição de novas tecnologias para o desenvolvimento dessas pesquisas feitas pelo Nugan”, disse o professor.
Nugan-MN O Núcleo é composto por seis bolsistas do Pibic e Pibeu e dois pesquisadores e existe há vinte anos; sua estrutura básica de pesquisa é instalada no Parque de Exposições Dirceu Mendes Arcoverde, onde funciona o Campo Experimental do Centro de Ciências Agrárias – CCA/Uespi. Hoje em dia o Nugan produz cerca de três mil galinhas caipiras por mês, produção que é escoada para produtores individuais de Teresina.
Uma das pesquisas que vem sendo desenvolvida pela equipe é o incremento de resíduos aquícola (casca de camarão, de caranguejo e de ostra). O objetivo da pesquisa é produzir ração utilizando esse tipo de resíduo que servirá como fonte alternativa de alimento a ser utilizada por produtores de galinha caipira que moram na região litorânea do estado.