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A manifestação de aeroviários na Avenida Vinte de Janeiro, que da acesso ao Aeroporto Antônio Carlos Jobim (Galeão), na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio, nesta quinta-feira (12), fez vários passageiros perderem seus voos. O aeroporto funcionava normalmente, apesar da paralisação dos aeroviários que começou a 0h, mas o protesto atrasou vários viajantes que tentavam chegar ao local.
Por causa do ato e dos atrasos, a empresa Tam vai remarcar todos os voos sem custo. O balcão de informações estava cheio por volta das 9h10. A empresária Tatiana Maia contou que todo o cronograma de viagem terá que ser alterado. "Eu sai de casa às 7h e meu voo era às 9h. Por causa do trânsito, eu acho que vou perder todas as minhas reservas. Eu não sei que horas vou chegar em Natal. Eu vou para assistir aos jogos, eu vai sei o que vou fazer. saiba mais Manifestantes do Rio mudam horários de protestos na Copa Hackers atacam sites voltados à Copa no Brasil Junta militar da Tailândia força transmissão aberta da Copa Copa opõe seleção bem-sucedida a organização sob desconfiança Dilma: Não teremos a menor tolerância com vandalismo Leia mais sobre Copa 2014
Uma família de Campo Grande, na Zona Oeste, também perdeu o voo que estava marcado para Recife. "Saímos super cedo e perdemos. Nós vamos aproveitar a Copa em Recife, mas agora não sei se vai ter outro voo pra gente", lamentou Maria das Graças Vieira e Tuane Carvalho.
O canadense Steven Ross também tentava remarcar o voo para Recife. Ele contou ao G1 que perdeu a passagem por dez minutos por causa do congestionamento. "Parece que o voo de hoje já está lotado, então só teria amanhã. Se isso acontecer eu não tenho lugar pra ficar aqui no Rio. Eu não vejo problema na greve, a única coisa chata é o trânsito", contou Steve Ross.
O engenheiro civil Ricardo Teixeira também foi prejudicado pelo trânsito. "Eu tinha um médico em Salvador e agora só depois da Copa".
A carioca Rosa Maria dos Santos vai passar a Copa do Mundo em Foz do Iguaçu. Segundo a professora, ela só não perdeu o porque chegou com muita antecedência ao Galeão.
"A gente está no trânsito desde 6h30. Está tudo parado por causa da manifestação dos aeroviários", disse Rosa Maria dos Santos.
Lista de espera
As companhias Gol e Tam afirmou que está remarcando os voos sem querer tipo de custo. Mas a empresária Tatiana Maia contou que não teve sucesso, já que todos os voos para o Nordeste estão lotados. Ela vai colocar o nome numa lista de espera.
"Eu não consegui remarcar porque não tem mais nenhum voo para o Nordeste. Eu fiquei duas horas no trânsito. Como alguém pode permitir isso? Como eles fazem isso em um pais que é sede da Copa do mundo? Como 20 pessoas podem atrapalhar tanta gente? Eu sou casada com um americano e a gente ia assistir aos jogos dos Estados Unidos contra Gana e do Brasil contra o México. Eu perdi toda a minha viagem e quem vai pagar isso?", reclamou Tatiana Maia.
Reivindicações
Os aeroviários do Rio começaram a 0h uma paralisação de 24 horas nos aeroportos Galeão, Santos Dumont e Jacarepaguá, segundo o Sindicato Municipal dos Aeroviários do Rio (Simarj). A categoria reivindica melhores condições e a assinatura da convenção coletiva. De acordo com Fernando Medeiros, assessor do Simarj, 80% do serviço será mantido.
Os aeroviários são os profissionais que não trabalham embarcados e prestam serviço em aeroportos, em balcões de check in, manutenção, serviços gerais, mecânicos, engenheiros, entre outros. Pilotos, comissários e funcionários de alfândega fazem parte de outra categoria, a dos aeroportuários.
O Simarj informou que a Anac autorizou quase 20 mil voos a mais durante a Copa do Mundo no Brasil e, só no Rio de Janeiro, serão 2 mil a mais. Fernando Medeiros diz que não houve acordo entre os aeroviários e o Sindicato das Empresas Aéreas (Snea) e que as empresas demitiram alguns trabalhadores antes do mundial. O G1 tentou obter um posicionamento do Snea, mas até a última atualização desta reportagem não havia conseguido contato.