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Parreira compara 7 a 1 com tsu

Parreira compara 7 a 1 com tsunami e cita surpresa no banco: "Ué, foi gol?"

Publicada em 08 de Julho de 2015 �s 19h18


 A reação dos torcedores diante da televisão ou no Mineirão, a cada gol sofrido na derrota do Brasil por 7 a 1 para a Alemanha, na semifinal da Copa do Mundo de 2014, foi a mesma da comissão técnica, formada por Luiz Felipe Scolari, Flávio Murtosa e Carlos Alberto Parreira.
– Ué, foi gol? – relatou Parreira.
No "Seleção SporTV" desta quarta-feira, o ex-coordenador técnico da seleção brasileira comparou os gols sofridos por Julio Cesar como o efeito de um tsunami: rápido e destruidor.
– É muito rápido, quando vem um tsunami...Tenho uma história de um finlandês amigo que conheci quando ele tinha 10 anos e que me acompanhava em Copas do Mundo. Quando jogamos contra a França, em Paris, no ano do tsunami, ele me apresentou o irmão dele, que era comandante do exército. Em dezembro, me escreveu uma carta. O irmão, a esposa e os filhos estavam lá, só sobreviveu a menina, que contou a história. Estavam no hotel próximo da praia, viram uma manchinha branca no mar e arrebentou, foram 300 mil pessoas que morreram. Não dá tempo de fazer nada. Foi muito rápido (o 7 a 1). Cheguei a perguntar a dois jogadores: "Por que você não caiu, para entrar o médico e conversar?" Não deu tempo para nada. Era muito rápido. Nós, no banco, ficamos surpresos, estávamos conversando e, ué foi gol? Como vocês. Ninguém acreditava, isso nunca havia acontecido isso – relatou.
– Foi uma tarde difícil de explicar – completou.

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Parreira acredita que vencer a Copa das Confederações em 2013, um ano antes da tragédia, acabou causando um efeito ilusório na equipe, que se apresentou para a Copa do Mundo no ano seguinte em um estágio bem menor do que poderia.
– Para nós, felizmente, houve a Copa das Confederações, senão íamos chegar na Copa sem disputar nenhuma competição oficial. Aquilo criou uma expectativa muito boa de que, se repetíssemos aquela atuação contra a Espanha, poderíamos ganhar a Copa do Mundo, ainda mais em casa, com a camisa brasileira. Embora a gente achasse que não era a melhor seleção do mundo, mas era uma boa equipe. Mas um ano depois a situação não se repetiu, como aconteceu comigo quando ganhamos a Copa das Confederações de 2005, na Alemanha. Um ano depois os jogadores vieram alguns fora de forma, o espírito não era o mesmo. Então não conseguimos repetir na Copa do Mundo o mesmo espírito, a combatividade e intensidade de jogo da Copa das Confederações. Isso para mim foi fundamental. Tanto que não fizemos nenhuma partida como aquela da Espanha (vitória por 3 a 0, no Maracanã) – admitiu ele.
Tags: Parreira compara 7 - A reação dos torcedo

Fonte: globo �|� Publicado por: Da Redação
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