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Parada da Diversidade de Teres

Parada da Diversidade de Teresina tem primeira drag queen como madrinha.

Publicada em 03 de Setembro de 2017 �s 22h28


Pela primeira vez a Parada da Diversidade de Teresina tem uma drag queen como madrinha. “Kency Porta” era interpretada por Francisco das Chagas de Araújo Júnior, mais conhecido como Júnior Araújo, fundador do coletivo cultural Salve Rainha e ativista de movimentos ligados a causa de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros (LGBT). A parada acontece neste domingo (3) e o desfile de trios elétricos pela avenida Raul Lopes teve início às 18h.

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A presidente do Grupo Matizes, Marinalva Santana, destacou que essa é também a primeira vez em 16 anos que os padrinhos são escolhidos “in memoriam”. Tanto Júnior Araújo, quanto Antônio Noronha, são importantes personalidades na defesa dos direitos de gays, lésbicas, bissexuais, transexuais e travestis. “Eram pessoas importantíssimas para o nosso movimento e não podíamos deixar de fazer esta homenagem”, comentou Marinalva.






Sobre a drag queen Kency Porta, o jornalista Jader Damasceno, que esteve no acidente em que morreram Júnior Araújo e Bruno Queiroz no ano passado, declarou que o amigo sempre foi profundamente envolvido com a causa. “O Júnior sempre fez muito por tudo. Foi pelo jornalismo, pelo Salve Rainha, pelo ativismo, e essa é uma homenagem que precisava acontecer porque como ele sempre dizia: Para o preconceito quem se importa?”, disse Jader em referência ao nome utilizado pelo amigo.

Jader Damasceno lembrou ainda do caráter político da Parada da Diversidade pela atuação em vários setores desenvolvida por Júnior Araújo. “O Júnior foi um dos primeiros a atuar também no viés político. Ele não dizia apenas Fora Temer. Era Fora Todos. Todos aqueles que discriminam e espalham ódio”, comentou o jornalista.



Uma das convidadas ilustres da 16ª edição do evento foi Bruna Benevides. Ela é sargento das Forças Armadas do Brasil e participou de palestra durante a semana que antecedeu a parada. Ela declarou que o conhecimento e a informação sobre a diversidade sexual e de gênero deve começar na escola. Como presidente do conselho LGBT de Niterói (RJ) ela afirmou que 70% das pessoas LGBT´s sofrem bullying por sua orientação sexual ou de gênero já na escola.

Congestionamentos foram registrados em vias próximas
O percurso dos trios elétricos da multidão começou sob a ponte Juscelino Kubitchek, na Avenida Raul Lopes, seguindo até o complexo da Ponte Estaiada, onde encerrou com shows de Liniker e Karol Conká. Segundo a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) toda a Avenida Raul Lopes, a partir da Juscelino Kubitchek até o balão da Universidade Federal do Piauí (UFPI) ficou interditada até o fim do evento. Um congestionamento se formou na avenida Ininga e agentes da Strans organizaram o tráfego.
Até às 20h não havia estimativa de público por parte da Polícia Militar do Piauí (PM-PI). "Nós tivemos muitas dificuldades para colocar os cadeirantes para o lado de dentro da grade, próxima ao palco e por isso não conseguimos fazer este levantamento. Mas, o evento não teve ocorrências e nem registro de acidentes. Ocorre tudo dentro na normalidade e tranquilidade", afirmou a coronel Júlia Beatriz. A organização do evento confirmou 100 mil pessoas na Parada da Diversidade.
TERESINA
Tags: Parada da Diversidad - Pela primeira vez a

Fonte: globo �|� Publicado por: Claudete Miranda
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