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Para Jorge Paulo Lemann, grupo

Para Jorge Paulo Lemann, grupo dono do Burger King e da InBev cresceu porque correu riscos.

Publicada em 03 de Setembro de 2014 �s 19h49


RIO - Jorge Paulo Lemann, brasileiro mais rico do mundo, dono de uma fortuna de R$ 50 bilhões, segundo a Forbes Brasil, afirma que, sem assumir riscos, seu grupo não teria o tamanho que tem hoje. O empresário é um dos controladores da cervejaria Anheuser-Busch InBev e do fundo de participações 3G Capital, que, por sua vez, é dono do Burger King, da B2W (que reúne Lojas Americanas, Submarino e Shoptime) e da Heinz.

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Extremamente reservado, Lemann saiu da rotina recentemente e falou em público para alunos da Escola de Administração Pública e de Empresas (Ebape) da Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio, conforme informou o caderno “Boa Chance”, do GLOBO, na edição do último domingo. Aos jovens, o empresário comentou que expandir sua atuação para além do mercado financeiro (ele era sócio do Banco Garantia) e investir na economia real (com a compra das Lojas Americanas) foi um salto:

— Era algo totalmente diferente. Nós não entendíamos muito de comércio, mas achávamos que era uma maneira de entrar no mundo mais real, de ativos reais. O mercado financeiro é ótimo para ganhar dinheiro, mas eu não tinha muita segurança que aquilo era alguma coisa que daria pra construir realmente no longo prazo e queria testar um pouco no mundo mais real, que eu considerava mais real — recordou ele, na aula magna, em maio. — Então compramos as Lojas Americanas. Foi um grande risco, era uma empresa com 16 mil funcionários, enquanto o banco tinha pouco mais de 200. Era um salto grande e diferente.

A operação, segundo ele, abriu caminho para a compra da Brahma, em 1989:

— A Brahma já era maior, tinha 26 mil funcionários, era uma empresa não muito rentável naquela época, mas que tinha uma boa posição no mercado. Deu certo e, mais tarde, nos associamos aos belgas da Interbrew para fazer o que virou a Inbev e, depois, fizemos o que talvez foi o maior risco da minha vida, que foi comprar a Anheuser-Busch , quando nós nos endividamos em US$ 54 bilhões pra poder fazer a compra.

Para Lemann, foi um processo de crescimento do grupo:

— Não foi um risco que nós inventamos. Fomos chegando lá devagar, aprendendo a tomar risco no mercado financeiro, comprando as Lojas Americanas, depois a Brahma. Pouco a pouco, chegamos a uma posição e tomamos o risco grande, o que nos tornou, de longe, os maiores cervejeiros do mundo, a maior parte do nosso ativo.

EFICIÊNCIA PARA POUPAR DINHEIRO

A última tacada de Lemann foi anunciada no último dia 26 de agosto: o Burger King, ícone americano com presença em 101 países, causou furor nos Estados Unidos ao confirmar a compra da cadeia canadense de restaurantes de refeições rápidas Tim Hortons, por US$ 11,4 bilhões, e anunciar que a holding global que comandará as operações ficará no Canadá.

Para ele, “quem não se arrisca não faz nada”:

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— Quem faz tudo igual aos outros vai ficar, em geral, igual aos outros, o que, em geral, é medíocre. Acho que todo mundo tem que tentar sem excepcional, tentar fazer algo especial e diferente — comentou, na FGV.

Na aula magna, o empresário afirmou ainda que ter eficiência é fundamental para poupar tempo e dinheiro:

— Nosso programa de cortar custos é uma coisa que todo mundo conhece, entretanto, as pessoas não olham muito, então, no nosso negócio é eficiência total, sempre tentando melhorar. Gente demais é um problema. Gente é como coelho, se multiplica drasticamente se você não tem atenção. Então tem que ter sempre um controle de gente, como diz meu sócio (Carlos Alberto) Sicupira: “Despesa é que nem unha, tem que cortar o tempo todo, se não cresce”.




Tags: Para Jorge Paulo Lem - IO - Jorge Paulo Lem

Fonte: globo �|� Publicado por: Da Redação
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