Para Dilma, Brasil 'está na...
Após afirmar que o Brasil "está na contracorrente" dos países ricos, a presidente Dilma Rousseff disse nesta quinta-feira (12) que vai anunciar em maio o aumento da meta do programa habitacional Minha Casa, Minhas Vida em 400 mil famílias, totalizando a construção 2,4 milhões de casas até o final de seu mandato.
Para uma plateia de prefeitos de municípios de até 50 mil habitantes, Dilma disse que o Brasil segue um rumo diferente dos países ricos diante da crise financeira internacional. Para a presidente, o Brasil está "na contracorrente" fazendo justiça social e crescimento econômico com a mesma engrenagem.
O governo assinou hoje convênios com mais de 2.582 prefeituras para construção de 107 mil casas populares, um investimento de R$ 2,8 bilhões.
"Nós vivemos um momento especial. Se vocês olharem estudos de quem quer que seja, seja do Banco Mundial, qualquer estudo internacional a respeito de distribuição de renda, vamos ver que os países desenvolvidos estão voltando para trás, há aumento significativo de desigualdade de renda entre os países mais desenvolvidos".
A presidente citou o movimento em Nova York Ocupe Wall Street, que desde setembro do ano passado promove manifestações pelo país para protestar contra as regras para o setor financeiro americano.
"Tenho impressão que o Brasil está na contracorrente, que tem uma visão clara da importância da melhoria de vida da população."
A presidente ainda destacou que seu governo não tem distinção partidária e que isso reflete a consolidação da democracia.
"Nós temos um país que vive com a liberdade de imprensa, multiplicidade de opiniões, um país que convive com a crítica, temos relação republicana com prefeitos de qualquer origem partidária. Na medida que a gente assume o governo, nós somos governantes para todos os prefeitos, sem distinção de origem."
Ela afirmou que a construção de novas casas é importante para movimentar economicamente os municípios. Para destacar a importância do programa, Dilma lembrou que familiares maternos também tiveram origem humilde no interior da Bahia e que chegou a ler uma carta na qual um deles falava que "não tinha onde cair morto".
No evento, a presidente foi cobrada por prefeito pela liberação de emendas parlamentares.